Venâncio Aires - In Deutschland wird Weihnachten nicht nur an einem Tag gefeiert, sondern an zwei: am ersten und am zweiten Weihnachtstag. Beide Tage sind Feiertage und haben bis heute eine große Bedeutung. Diese Tradition erzählt viel über die Wertschätzung der Familie, der Begegnung und der Zeit miteinander.
Auch hier in Brasilien, besonders in Regionen mit deutscher Herkunft wie Santa Cruz do Sul, wurde Weihnachten früher auf diese Weise gefeiert. Es war selbstverständlich, am ersten Weihnachtstag eine Großmutter zu besuchen und am zweiten Tag die andere. So hatte jede Familie ihren eigenen Moment, ihre eigenen Geschichten, ihren eigenen Tisch voller Erinnerungen.
Heute ist vieles anders. Der Alltag ist schneller geworden, Traditionen haben sich verändert oder sind leiser geworden. In Deutschland jedoch hält man weiterhin fest an diesen zwei Weihnachtstagen – ein Zeichen dafür, wie wichtig es ist, das Erbe der Vorfahren zu bewahren.
Wenn ich daran denke, spüre ich eine tiefe Sehnsucht nach der Zeit meiner Oma Alma Schmidt. Sie lebte diese Traditionen mit dem Herzen. Für sie waren Weihnachten, Familie und Herkunft untrennbar verbunden. Sie erinnerte uns daran, was ihre Großeltern einst aus Deutschland mitgebracht hatten – Werte, Wärme und Zusammenhalt.
Vielleicht weckt diese Erinnerung auch in Ihnen die Sehnsucht nach der Zeit Ihrer Großeltern, nach einem Weihnachten, das langsamer war – und vielleicht näher am Herzen.
Dois dias de Natal
Na Alemanha, o Natal não se resume a apenas um dia. Ele é celebrado em dois: o primeiro e o segundo dia de Natal, ambos feriados e carregados de significado. Essa tradição revela muito sobre a importância dada à família, à convivência e ao tempo partilhado.
Antigamente, aqui no Brasil, especialmente em regiões de origem alemã como Santa Cruz do Sul, também se vivia o Natal dessa forma. Era costume visitar, no primeiro dia de Natal, uma das avós e, no segundo dia, a outra. Cada casa tinha seu momento especial, sua mesa farta, suas histórias, suas lembranças e seu jeito único de celebrar.
Hoje, essa realidade mudou. A correria do dia a dia transformou hábitos, encurtou encontros e silenciou algumas tradições. Na Alemanha, porém, o Natal duplo continua firme, como um sinal claro de que certas heranças culturais não são negociáveis.
Ao lembrar disso, sinto uma profunda saudade do tempo da vó Alma Schmidt. Ela era fantástica em valorizar essas tradições trazidas pelos seus avós da Alemanha. Para ela, o Natal era mais do que uma data: era memória, afeto, pertencimento.
Talvez essas lembranças despertem também em você a saudade do tempo das avós, de um Natal mais simples, mais demorado e infinitamente mais humano.