Na semana passada, a 13ª Mostra Municipal de Pesquisa e Inovação (Mompi) contou com a exposição de 55 trabalhos de escolas municipais de Ensino Fundamental (Emefs) e de Educação Infantil (Emeis). O evento ocorreu no Parque Municipal do Chimarrão, de forma concomitante à 25ª Feira do Livro.
Tive a oportunidade de participar como avaliadora e me encantar com os projetos, a dedicação e o envolvimento de alunos e professores. Ver crianças tão pequenas falando com tanto domínio sobre os assuntos mostra o quanto a utilização da pesquisa como ferramenta pedagógica é assertiva.
Foi interessante observar que muitos projetos foram desenvolvidos a partir de temáticas que se sobressaíram a partir das enchentes, em maio deste ano: desde o aspecto ambiental e a infraestrutura até a questão emocional.
Entre tantos projetos incríveis, compartilho o registro do trabalho ‘Água sobre as estradas rurais’, da Emef Nossa Senhora de Fátima, de Linha Campo Grande. Com orientação da professora Eliziani Szabelski de Mattos, os alunos Isadora da Silva Pereira e Gabriel Silva da Rosa Fonseca foram os responsáveis por apresentar, na Mompi, as atividades elaboradas a partir do problema causado com a chuva intensa. A água na estrada impedia que os alunos pudessem chegar até a escola – e esse foi o ‘start’ do projeto.
A partir de então, os alunos buscaram identificar causas e possíveis soluções, conheceram sobre o relevo e a história da localidade, construíram maquete, identificaram locais onde há dificuldade de locomoção em dias de chuva, fizeram pesquisas com as famílias. Até mesmo um pluviômetro a turma confeccionou, com garrafa pet. Estamos falando de pequenos pesquisadores do pré A e B, crianças de 4 a 6 anos. Impossível não se encantar com elas!
Nesta semana, conversei com a professa Eliziani e ela destacou a importância da experiência da mostra para os estudantes. “Não fomos premiados, mas apresentar um projeto voltando para a realidade dos nossos alunos, tão relevantes para nós, é um aprendizado sem tamanho”, disse.
De fato, é difícil mensurar o quanto essas experiências, dentro e fora da sala de aula, são significativas e têm feito a diferença na vida dos estudantes. Mas não há dúvida do quanto esse tipo de aprendizado construído ativamente pelos alunos faz diferença. Quando lembramos da época de escola, as atividades ‘diferentes’, pesquisas e trabalhos ‘mão na massa’ são sempre as primeiras a surgir na memória, não é mesmo?
Ouvi muitos elogios, por parte dos avaliadores da Mompi – incluindo professores universitários e de outros municípios – sobre a organização da mostra, mas, sobretudo, sobre a qualidade do trabalho que tem sido realizado em Venâncio Aires, com incentivo da Secretaria Municipal de Educação e o envolvimento da comunidade escolar. Um orgulho para todos nós.
Perfil Socioeconômico em produção
A equipe da Folha do Mate trabalha na produção do Perfil Socioeconômico de Venâncio Aires e Microrregião 2024/25. A revista é considerada a principal publicação do município, com um compilado de indicadores da economia, infraestrutura, saúde e educação, além de conteúdos sobre obras e investimentos públicos e privados na Capital do Chimarrão. O objetivo é mostrar os potenciais e as oportunidades de crescimento.
O prefeito Jarbas da Rosa já foi um dos entrevistados para o material, cujo lançamento está agendado para o dia 28 de novembro. Neste ano, marcado pela enchente do arroio Castelhano e rio Taquari, que afetou mais de 23 mil pessoas, destruiu casas e causou prejuízos a diversas empresas venâncio-airenses, a revista Perfil vai mostrar como, apesar das dificuldades, o município tem se reestruturado e mostrar o protagonismo de empreendedores nessa retomada.
O Perfil Socioeconômico vai evidenciar Venâncio como Cidade Empreendedora do Rio Grande do Sul, conforme reconhecimento conquistado com o prêmio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A exemplo dos anos anteriores, a revista será bilíngue (português/inglês), o que contribui para a utilização para divulgação do município no exterior.