Com certeza, você já se deparou com um móvel velho, um equipamento eletrônico estragado ou um monte de galhos, sem saber onde depositar esses resíduos. Há cerca de um mês, Venâncio deu um passo importante com a criação do Ecoponto – um espaço, junto à Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisp), no bairro Aviação, onde é possível destinar diversos resíduos que não podem ser descartados no lixo comum.
A estrutura é simples, mas cumpre seu papel: ser um ponto para onde os cidadãos possam levar os resíduos, impedindo que poluam o meio ambiente. No início desta semana, estive por lá para levar alguns eletrônicos, e o responsável pelo recebimento, Adão Pereira comentou sobre a necessidade de divulgar mais o local, avisar os amigos e a família. “Estamos aqui até no sábado, assim, quem faz uma faxina já pode trazer as coisas aqui”, ressaltou ele, que ainda observou: “Não podemos deixar esses móveis velhos chegarem no Castelhano.”
Na edição deste sábado da Folha do Mate, matéria da repórter Bruna Stumm avalia os primeiros dias do Ecoponto e destaca os materiais que podem ser levados até o local e, posteriormente, recolhidos por empresas especializadas. O Ecoponto funciona de segunda-feira a sábado, das 7h30min às 11h30min e das 13h30min às 17h.
- O que descartar no Ecoponto: vidros (garrafas inteiras e vidros quebrados), pneus, eletrônicos, móveis velhos e galhos.
E se não existisse a UPA?
Há pouco mais de dez anos, como repórter da editoria de Saúde da Folha do Mate, produzi diversas matérias sobre um novo serviço que seria oferecido em Venâncio Aires. A sigla UPA ainda era desconhecida para a população, mas sinalizava um avanço: prometia um ganho importante para aliviar o plantão do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM).
Tive privilégio de acompanhar esse projeto, que se tornou realidade em 2014 e, de fato, agregou muito para rede pública de saúde, no atendimento a urgências e emergências, assim como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que viria a agregar a rede de saúde regional.
Embora o foco principal da Unidade de Pronto Atendimento sejam casos urgentes e emergentes, não se pode negar o quanto ela sempre abarcou casos mais leves que não encontraram atendimento – por horário ou limitações de profissionais – nos postos de saúde. Além disso, passou a ser uma alternativa importante para a população da microrregião de Venâncio Aires: os municípios vizinhos de Mato Leitão, Passo do Sobrado e Vale Verde. Tudo isso, com uma estrutura completa, inclusive com exames de imagem.
Quando um serviço confirma a sua credibilidade e relevância, torna-se essencial e fica difícil imaginar a vida sem ele. Jamais poderia sonhar, no entanto, o papel decisivo que a UPA teria na pandemia de Covid-19.
No ano passado, quando o avanço dos casos impulsionado pela variante Delta superlotou o HSSM, a UPA passou até mesmo a internar pacientes. Nas primeiras semanas deste 2022, com o pico de transmissão pela variante Ômicron, a UPA tem absorvido grande parte dos atendimentos médicos de pessoas com casos suspeitos ou já positivados, já que, diferente do ano passado, desta vez, não há um Centro de Atendimento Respiratório (CAR) no município. Em janeiro, foram 7.545 pessoas atendidas no local – três mil a mais do que a capacidade original da UPA, de 4,5 mil consultas mensais.
O quarto médico que atua no local, há duas semanas, por meio de convênio com o Município, tem garantido um reforço importante para atender a demanda. Registro, aqui, o reconhecimento à equipe da unidade, coordenada pelo superintendente administrativo Rodrigo da Silva. Com poucos reforços, os profissionais de enfermagem, médicos e administrativos têm se desdobrado para atender a demanda. Que saibamos reconhecer e valorizar serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) resolutivos com a UPA.