A escola é o coração da comunidade. Ouvi essa afirmação, muitas vezes, nos últimos anos, em matérias sobre escolas localizadas no interior de Venâncio Aires. Em grande parte dos casos, infelizmente, escutei essa declaração em meio a depoimentos de quem lamentava o fechamento das instituições ou lutava para impedir que isso acontecesse.
Na edição de quinta-feira, 14, divulgamos reportagem sobre o tema, a partir de dados do Observatório da Educação no Campo do Vale do Rio Pardo, grupo de pesquisa que reúne profissionais da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e das Escolas Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc) e Vale do Sol (Efasol).
Com grande parte do território como área rural, Venâncio é o município da região com maior número de escolas do campo – são quase 30. Apesar disso, também é o que mais fechou educandários no interior entre 2007 e 2020. Nesses 13 anos, 42 instituições localizadas no meio rural foram fechadas, o equivalente a 60,8%. Entre os motivos estão os custos e a redução no número de matrículas (que teve queda de 31,7%). A disparidade entre o percentual de redução de alunos, comparado ao de escolas fechadas, é um dos dados apontados pelo Observatório.
O ‘coração’ de Linha Isabel
Na semana passada, quando os colegas Rosana Wessling e Roni Müller foram até a Escola Santa Isabel, puderam confirmar, na prática, como a escola é o coração da comunidade. Numa manhã de quinta-feira, diversos pais de alunos – e até mesmo moradores que não têm mais filhos na escola, mas fazem questão de seguir contribuindo – deixaram o trabalho na lavoura de lado para participar do plantio de flores com os estudantes. Uma atividade singela, mas carregada de significado. Mãos que se unem para fazer o coração da comunidade pulsar. Exemplos de quem enxerga a educação como prioridade e dá o seu melhor para que ela siga ativa.
Em meio às dificuldades de recursos e logística para manter as escolas do campo, o desejo é de que esses corações possam ‘seguir batendo’ e fazendo a diferença para essas famílias, promovendo o desenvolvimento rural e, inclusive, contribuindo para a permanência no interior.
Sorriso de Criança Solidário
Nesta semana, a Folha do Mate divulgou o tradicional caderno Sorriso de Criança, com fotos de centenas de crianças. Apesar de o evento com brinquedos e distribuição de lanches para a criançada não acontecer neste ano, em função da pandemia de Covid-19, o projeto manteve seu cunho social.
Por meio de parceria com o Supermercado Imec, serão doados 345 litros de leite à Organização Não Governamental (ONG) Parceiros da Esperança (Paresp), número equivalente às fotos que foram publicadas no suplemento. Além da ação de destaque do Imec, que aderiu à ideia da Folha do Mate, cada pessoa que publicou a foto de seu ‘pitoco’ no jornal auxiliou na iniciativa. Mais um exemplo de ação que mobiliza diversas frentes por um bem comum!
Esta edição também contou com outra novidade: a Escola Estadual de Ensino Fundamental Zilda de Brito Pereira foi contemplada com um kit esportivo patrocinado pela Bade Esportes, com três bolas e uma bomba de ar. O sorteio for realizado entre as instituições de ensino indicadas nos cadastros.
25 anos de Vale Verde
Na próxima sexta-feira, 22, Vale Verde comemora 25 anos de emancipação. Para marcar o aniversário e destacar o potencial do município, que integra a microrregião de abrangência da Folha do Mate, o jornal divulgará caderno especial na edição da próxima quinta-feira. O suplemento vai apresentar um panorama do município, marcos da história, as potencialidades e os exemplos de empreendedores e líderes comunitários que contribuem para o desenvolvimento da cidade.
