Completar 50 anos em uma empresa é mérito de poucas pessoas. Cada vez mais, é raridade encontrar quem tenha dedicado à vida a um único emprego, que siga ‘batendo cartão’ diariamente e continue trabalhando e se readaptando em meio às mudanças constantes nas formas de fazer. Quando se fala na comunicação, que tanto evoluiu e se modificou ao longo das últimas décadas, isso é ainda mais desafiador. Há cinco décadas, o jornal, que hoje é diagramado no computador e enviado pela internet, para impressão, era montado a partir de colunas recortadas e coladas manualmente, após ser datilografado em máquina de escrever.
Era assim quando Sérgio Luiz Klafke ingressou na Folha do Mate, ainda um guri, aos 12 anos, em junho de 1973, como ajudante do tio e padrinho Asuir Silberschlag. Pouco mais de um ano depois, em 1º de novembro de 1974, ele ingressou oficialmente como funcionário da Folha do Mate. As ‘bodas de ouro’ do hoje diretor de Conteúdo do Jornal foram comemoradas na sexta-feira pela equipe da Folha e da Rádio Terra FM.
Além do longo período dedicado à empresa, a história de Sérgio se diferencia também por ter passado por todos os setores do Jornal – desde a Entrega e Assinaturas até Comercial e Redação – e acompanhado a evolução no processo de produção. Além disso, teve atuação importante na consolidação da Folha do Mate não apenas em Venâncio Aires, mas também como referência regional e estadual, a partir da atuação no Instituto de Cooperação e Desenvolvimento de Mídia Comunitária (Icom) e na ADI – Grupos Regionais de Comunicação do Rio Grande do Sul.
No dia a dia na Redação da Folha do Mate, o diretor de Conteúdo sempre incentivou a relação próxima entre mercado e universidade, com oportunidade de atuação para estudantes – uma chance de colocar em prática a teoria da sala de aula e vice-versa: poder levar para a universidade as vivências no dia a dia de uma empresa de comunicação.
Assim como muitos colegas, incluindo a editora Letícia Wacholz, sou fruto ‘dessa leva’, de quem teve sua primeira experiência profissional da área na Folha do Mate e pôde se desenvolver a partir disso. Nesse caminho, Sérgio Klafke sempre buscou instigar nos novos repórteres a importância do jornalismo local, com o foco comunitário que a Folha do Mate preconiza. Mostrar as pessoas da comunidade, ouvir suas ideias, mostrar o trabalho das entidades, falar de ideias e soluções, estar onde estão nossos leitores. “Gastar mais tinta com notícias boas do que ruins”, como ele diz.
Ouvi essa frase pela primeira vez em um trabalho da faculdade para o qual entrevistei o Sérgio, e ela tem me acompanhado nesses 14 anos de trabalho no jornalismo, no qual boa parte passei na Folha do Mate. Que a gente possa, sempre, seguir com mais notícias positivas e estimulando o desenvolvimento da comunidade.