Moringa como alternativa para alimentação animal

Entusiasta do meio ambiente, o aposentado Derli da Silva, tem se dedicado a divulgar as possibilidades de uso da moringa, especialmente como alternativa à alimentação animal. Há maos de uma década, Derli foi o responsável pelo plantio das árvores no Acesso Grão-Pará, um trabalho voluntário que refletiu em uma melhoria significativa daquele espaço e cuja sombra é usufruída por todos que utilizam a ciclovia e o caminhódromo. Agora, ele se dedica à difusão sobre a moringa, motivado pelos benefícios que pode gerar para produtores rurais da região. Ele adquiriu sementes pela internet, cultiva mudas da planta e agora tem compartilhado com moradores do município – inclusive, com uma ‘propaganda’ na sua bicicleta (foto).

A fim de obter informações técnicas sobre a moringa, conversei com o engenheiro agrônomo Clóvis Schwerter, pós-graduado em Ecologia Humana e mestre em Ambiente e Desenvolvimento. De acordo com ele, diversos estudos da Embrapa têm indicado os bons resultados no uso da planta. “Hoje ela já é bastante difundida no Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do país. É uma planta originária da Índia, que gosta de regiões tropicais. Foi introduzida no Brasil nas décadas 1960 e 1970, com fins apícola, pois produz uma floração muito boa. Especialmente a partir das pesquisas da Embrapa, passou a ser utilizada na alimentação animal, produção de biodisel e até mesmo alimentação humana, cosméticos e chás”, informa.

Segundo Schwertner, na alimentação animal, pode ser consumida com as folhas frescas ou silagem, principalmente como uma opção para períodos de seca, já que é resistente ao clima quente e produz bastante massa verde – aceita cortes e rebrota. Além disso, não necessita de muito agrotóxico. “Ela tem um grande concentração de proteína e vitaminas como cálcio e fósforo. Em muitos locais, é utilizada para alimentação do gado e até mesmo de aves.”

Por ser uma novidade, ele sugere que entidades como os sindicatos dos produtores e o Município adquirissem sementes para distribuir aos interessados, a fim de testar a produção em Venâncio. “Assim seria possível ver o desenvolvimento e de que maneira pode ser utilizada pelos produtores locais. Futuramente, pode ser mais uma alternativa de alimentação para a produção de gado.”

Somos Todos Coloridos

Nesta semana, recebemos na Redação da Folha do Mate a visita de representantes do projeto Somos Todos Coloridos, realizado pela Organização Não Governamental (ONG) Alphorria, em parceria com a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Aloisius Paulino Algayer, do bairro Coronel Brito. Além da coordenadora da ONG, Ana Lucia Landim, da diretora da Emei, Aline Cristiane da Silva, e da professora e vice-diretora Bruna Melchior, três alunos do pré B2 integraram a comitiva, que fez questão de agradecer a divulgação de notícias sobre as atividades do projeto nas páginas da Folha do Mate.

Os pequenos Enzo Costa de Carvalho, Cecília Gabriela Schlosser e Manuela do Couto Klafke representaram não apenas os colegas da turma, mas os 156 estudantes da escola. Afinal, o projeto contra o racismo abrange todos os níveis de ensino.

Além das atividades com as crianças, ao longo de todo o ano, um destaque é a formação continuada, por meio de oficinas ministradas pela ONG Alphorria, para que os profissionais trabalharem com diversidade étnico-racial e a educação antirracista. Reflexo desse bonito trabalho pôde ser visto no brilho nos olhos dos estudantes que estiveram na Folha do Mate. Eles estão se despedindo da escola, neste ano, mas, certamente, levarão adiante o aprendizado, em busca de uma sociedade mais igualitária.



Juliana Bencke

Juliana Bencke

Editora de Cadernos, responsável pela coordenação de cadernos especiais, revistas e demais conteúdos publicitários da Folha do Mate

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