Produção de conteúdo a mil na reta final de 2024

Enquanto muita gente já está em clima de férias, na Redação da Folha do Mate e Terra FM, o trabalho é bastante movimentado no fim de ano. Ao longo das últimas semanas, temos trabalhado na produção de materiais especiais. Entre eles, estão os cadernos de Relatório de Gestão dos municípios da microrregião. O de Mato Leitão circulou na terça-feira, 24, o de Passo do Sobrado está encartado na edição de hoje e o de Vale Verde será divulgado na próxima terça, dia 31.

Na terça, também publicaremos o tradicional caderno Retrospectiva, um compilado das principais notícias do ano. Produzir este conteúdo tem sido uma tarefa intensa, afinal, 2024 foi um ano intenso!

Os reflexos da maior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul são os mais marcantes. Impossível ter alguém não tenha sido atingido direta ou indiretamente pelas enchentes do rio Taquari e do arroio Castelhano, no fim de abril e em maio deste ano.

Vimos amigos, colegas de trabalho, familiares que perderam pertences, objetos especiais, itens conquistados com tanto esforço serem destruídos pela água. Nos sensibilizamos com quem ficou sem casa, com as crianças sem escola, com a destruição ambiental, com estoques inteiros perdidos de estabelecimentos comerciais.

Foi um ano para repensar o que temos feito e o que precisamos fazer para evitar novos desastres – ou ao menos amenizar os impactos. Como imprensa, também vivemos dias difíceis. Não é fácil retratar a dor, o desespero, a incerteza sobre o futuro. Mas é nosso dever, e assim o fizemos. Da mesma forma que é nossa atribuição registrar a reconstrução, os avanços, as boas notícias. Fiscalizar e seguir falando sobre assuntos que não podem ser esquecidos.

Para a última edição do ano da Folha do Mate, preparamos um compilado destes e de outros fatos que marcaram 2024. Daqui a 2, 3, 10 anos…o caderno Retrospectiva será um resumo de um ano que colocou nas rodas de conversa assuntos como aquecimento global, mudanças climáticas, áreas de risco, eventos extremos, mata ciliar, pontes secas, Defesa Civil, deslizamentos de terra, prevenção e redução de riscos… Temas que até então muito pouco falávamos.

Um dos principais diferenciais do jornal impresso é a possibilidade de documentar e registrar a história. Em tempos de relações e informações tão efêmeras, o jornal impresso eterniza.

História impressa e emoldurada

Uma das maiores alegrias de um jornalista é ver uma página guardada com carinho pela fonte da entrevista, por seus familiares ou amigos. Dias atrás, o produtor cultural e ator Sérgio Rosa compartilhou a foto da sua mãe, Maria Nair Rodrigues, 86 anos, com a sua história emoldurada.

Maria Nair Rodrigues com o quadro com a reportagem divulgada pela Folha do Mate (Foto: Sérgio Rosa/Divulgação)

Tive o prazer de conhecer a aposentada, moradora de Vila Arlindo, e contar um pouco da sua história no mês passado, nas páginas do jornal, em alusão ao Dia da Consciência Negra. Mãe de seis filhos, avó de 16 netos e bisavó de 10 bisnetos, ela tem uma trajetória marcada por muita luta, fé e trabalho duro. Dona Maria Nair não teve oportunidade de aprender a ler e escrever, mas na sala da casa dela, em meio aos bibelôs e enfeites mantidos com tanto capricho e carinho, está emoldurada uma matéria da Folha do Mate. Para mim, este é um grande presente para encerrar 2024.

Aos leitores, meu desejo de um ano novo de muita paz, saúde e prosperidade. Saio em férias na próxima semana e retorno na segunda quinzena de janeiro. Feliz 2025!



Juliana Bencke

Juliana Bencke

Editora de Cadernos, responsável pela coordenação de cadernos especiais, revistas e demais conteúdos publicitários da Folha do Mate

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