Desde que comecei a atuar no Jornalismo, há cerca de 12 anos, acompanho a área da educação. Uma matéria sobre um projeto escolar aqui, uma entrevista sobre uma demanda ali, professores e alunos acabaram virando amigos e a educação passou a ser uma das editorias com as quais mais me identifico. Um assunto que, na minha opinião, deve estar sempre na pauta. Uma área que está interligada com tantas outras. Entre elas, o jornalismo.
O interesse pelo tema me levou a ingressar, no ano passado, no curso de especialização em Educação: a pesquisa como princípio pedagógico, oferecido pelo Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul). Diga-se de passagem, um excelente curso de pós-graduação.
Como tema do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), decidi unir a educação e o jornalismo e me debruçar sobre um tema que entendo como urgente: as fake news. Como jornalista, percebo que é fundamental promover a formação dos leitores para que consigam identificar notícias falsas e evitem compartilhá-las. O assunto também é abordado constantemente pela Folha do Mate, em defesa da informação de qualidade, seja por meio de pautas esclarecedoras, no jornal ou de atividades em escolas.
Durante a pandemia de Covid-19, o jornal iniciou a utilização do selo Fato ou Fake, para esclarecer fake news que circulavam pelas redes sociais, em especial, sobre questões de saúde. Para a empresa de comunicação, que completa meio século neste ano, o combate às fake news está entre as estratégias primordiais para efetivar a sua missão de “informar e desenvolver com cidadania”.
Na sala de aula
Ao longo do último mês, realizei um projeto de educomunicação com alunos de 5º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Benno Breunig, do bairro São Francisco Xavier. Nas oficinas semanais, a turma trabalhou questões relacionadas ao processo produtivo do jornal e aprendeu meios de identificar fake news. Mais do que isso: colocou a mão na massa para produzir matérias e entrevistas para um jornal da escola.
Com o apoio da professora da turma, Beatriz do Santos, tive a oportunidade de me sentir um pouco profe e compartilhar meu conhecimento e um pouco da minha rotina diária com os 15 estudantes. Uma turma muito querida e interessada em aprender. Foi uma experiência muito gratificante para mim e acredito que também tenha tido reflexos positivos para o aprendizado desses adolescentes.
A seguir, compartilho algumas dicas para identificar fake news elaboradas pelos alunos para o jornal feito pela turma:
• Confira a data da notícia
• Veja se o veículo de comunicação que divulgou é confiável
• Verifique se tem o nome do repórter
• Veja de onde é a informação
• Procure em outro site para ver se é verdade, antes de compartilhar
Obrigada, Paresp!
Aproveito o espaço da coluna para externar a minha gratidão à ONG Parceiros da Esperança (Paresp) que me agraciou, no último sábado, com o troféu Mulher Solidária, junto de outras dez mulheres. Foi uma honra ter sido uma das homenageadas por essa entidade que eu tanto admiro.
Espero poder seguir contribuindo sempre, especialmente com a divulgação das ações em prol das crianças e dos adolescentes em vulnerabilidade social. A entidade oferece refeições, atendimento pedagógico e de recreação aos estudantes, no turno oposto ao da escola. Quem quiser se somar a essa ação tão especial e contribuir com a Paresp pode fazer doações pela chave pix (CNPJ): 08.294.101/0001-24.