Quando entrei na Folha do Mate, em fevereiro de 2010, era uma menina de 19 anos, recém-iniciando a trajetória no Jornalismo, no terceiro semestre do curso de Comunicação Social. De lá pra cá, são 12 anos, nos quais atuei, na maior parte do tempo, como profissional do jornal. Inicialmente, foram dois anos. Retornei em 2017 e permaneço na equipe até agora. Nesse tempo, tive a possibilidade de aprender muito e crescer profissionalmente. E é com muito orgulho que integro a equipe neste ano especial, o cinquentenário da Folha do Mate.

Foi como jornalista que conheci praticamente todas as escolas de Venâncio, visitei localidades do interior, tive a oportunidade de voar de balão, relatei histórias dramáticas e entrei no hospital nos dias de maior pico da pandemia de Covid-19, no ano passado, para mostrar a situação do Pronto Atendimento transformado em UTI. Experiências que se somam à bagagem profissional, mas, especialmente pessoal, e refletem na nossa vida.

Assim como para outros colegas, para mim, Folha do Mate virou praticamente um sobrenome. E nessa de “Ju da Folha do Mate” tive muitas oportunidades especiais, de conhecer histórias e pessoas que jamais imaginaria ter contato, se não fosse o jornal. Isso sem falar em experiências bacanas, como convites para participar de mostras de trabalhos dos estudantes ou conversar com os alunos. Considero que o jornal me dá a oportunidade de ser mais ativa na comunidade e sou muito grata por isso.

Inclusive na fase especial que tenho vivido, à espera da minha filha Laura, tenho recebido um carinho indescritível de muitas fontes. Mais do que fontes, acabam sendo amigos. Dias atrás, fui presenteada com lacinhos pelas professoras da Escola Dom Pedro II, de Linha Hansel. Detalhes que mostram o quanto a vida pessoal e profissional se entrelaça.

Trago esse depoimento carregado de sentimento para destacar que, na edição deste fim de semana, estreamos uma série especial com a publicação dos perfis dos profissionais que atuam na Folha do Mate. A cada sábado, até outubro, serão apresentadas pessoas que integram a empresa. A publicação das matérias é mais uma das ações para marcar os 50 anos da Folha, que serão completados em outubro.

Além de valorizar os profissionais que ajudam a construir a história do veículo de comunicação, é uma forma de estreitar os laços com a comunidade. Afinal, quem nunca teve curiosidade de conhecer mais sobre quem está nos bastidores e atua na produção ou circulação do jornal?!

Por meio de um trabalho dedicado da jornalista Cassiane Rodrigues, responsável pelas entrevistas com os colegas, o jornal vai mostrar mais sobre a rotina dos profissionais, as preferências, os passatempos e aspectos pessoais de quem faz a Folha do Mate.

Para começar, nas páginas 22 e 23 desta edição, é possível conhecer mais sobre o repórter Alvaro Pegoraro – que já tem 34 anos de casa -, a vendedora de assinaturas Paola Vivas – que é venezuelana e uma das profissionais mais novas da empresa -, a arte-finalista Scheila Ferreira, a auxiliar administrativo Camila Bergmann e o distribuidor de jornais Claudério König – um dos responsáveis por fazer com que o jornal chegue na casa dos assinantes.

Juliana Bencke

Editora de Cadernos