(Foto: Melissa Kist/Folha do Mate)
(Foto: Melissa Kist/Folha do Mate)

Nesta semana, o Rotary Club Venâncio Aires Chimarrão realizou a entrega do prêmio Preferência Real. Em sua 22ª edição, a distinção foi entregue a 99 empresas, profissionais e lideranças políticas que foram os mais lembrados, em suas categorias, na pesquisa realizada pelo Núcleo de Pesquisa Social da Unisc (Nupes). Mais uma vez, Jornal Folha do Mate e Rádio Terra FM estão entre os agraciados, resultado que orgulha nossa equipe.

Ser referência para leitores e ouvintes de diferentes bairros e localidades do interior de Venâncio Aires é resultado do empenho diário dos profissionais da Folha e Terra. Como definiu o diretor de Conteúdo da Folha, Sérgio Klafke, “é um selo de qualidade do trabalho jornalístico, conferido pela comunidade para qual trabalhamos todos os dias.” Obrigada a todos que nos acompanham e valorizam nosso trabalho. Para sugestões, críticas e indicações de pauta, estamos sempre à disposição!

Contar histórias

Na Folha do Mate, além das editoriais ‘tradicionais’ mais conhecidas – assuntos como educação, política e esportes, que estão sempre em pauta – as histórias de vida têm um espaço especial. Frequentemente é possível conhecer, por meio das páginas do jornal, ‘pessoas comuns’, como eu e você, que compartilham memórias, relembram acontecimentos e têm seu merecido espaço de reconhecimento, para falar sobre a família, o trabalho, um trabalho voluntário.

Pelo perfil comunitário de jornal do interior, a Folha do Mate abre espaço para que pessoas de diferentes idades, localidades e culturas compartilhem um pouco da sua vida. Um exemplo disso está nas páginas 20 e 21 desta edição. Na reportagem, é possível conhecer mais sobre Edmar Willms, que por quase 40 anos trabalhou como mecânico de automóveis e caminhões na Auto Geral e no Expresso Cruzador de Venâncio Aires.

Quem assina a matéria com a história de seu Willms é a colega Débora Kist. Seja pelas referências culturais, gostos ou pelos caminhos da vida profissional, cada jornalista acaba se identificando com alguns temas. Ao longo dos últimos anos, Débora se tornou referência na Folha do Mate como ‘contadora de histórias’. Volta e meia, sugestões dos próprios leitores chegam a ela, inspiradas em outras reportagens, indicadas por amigos ou familiares, como foi o caso da história do mecânico aposentado.

Apreciadora da História, de literatura e música, Débora adora sentar para uma boa conversa, abrir os ouvidos e o coração e anotar os retalhos de memória para que sejam transmitidos, em texto, pelas linhas do jornal. Em geral, já dá um spoiler pra os colegas da Redação quando volta das entrevistas, como quando retornou com uma sacola cheia de revistas em quadrinhos Tex, que ganhou do seu Willms, nesta semana, ou após se encantar com a história da cantora Karina Landim, que recentemente venceu o Festival Mais Bela Voz.

Perguntei pra ela o que mais motiva a a querer contar histórias de pessoas como o seu Willms, a Karina e das recém-eleitas soberanas da Fenachim, para citar os últimos perfis divulgados nas últimas edições Folha do Mate. “Conhecer gente”, foi a resposta. Ela comenta que todo repórter é um estranho ao entrevistado e, por isso, valoriza muito o fato de as pessoas abrirem a porta de casa, convidarem a sentar e narrarem suas trajetórias em detalhes que, muitas vezes, nem com a família são divididos ou estavam adormecidos.

“Contam com orgulho sobre conquistas, confessam seus medos e frustrações e não têm pudor de falar dos sonhos. Cada pessoa tem algo a dividir e acho que a história de cada um sempre vai tocar alguém, seja como exemplo, seja mexendo com a memória afetiva ou relacionando com um lugar, contextualizando com tempo e espaço. As pessoas literalmente confiam a nós suas histórias de vida e, para mim, é uma grande honra ouvi-las e uma responsabilidade maior ainda escrevê-las”, disse Débora.

Juliana Bencke

Editora de Cadernos