A Folha do Mate completa, neste domingo, 6 de outubro, 52 anos. Desde 1972, a história de Venâncio Aires e região é contada pelas páginas do jornal. Fatos como o resultado das eleições, como a que registraremos no impresso que circulará na segunda-feira, grandes obras e situações marcantes. Mas, também, as histórias de quem vive aqui. Suas conquistas, as iniciativas, as demandas, os sonhos. Histórias curiosas, emocionantes ou de resiliência, daquelas que a gente se identifica.
O trabalho como jornalista permite conhecer muitas pessoas, que nos recebem com um espaço no sofá da sala, um chimarrão pronto e uma conversa de coração aberto, muitas vezes, mesmo quando o assunto é delicado.
Mas nem sempre a gente tem a dimensão de quem está do outro lado, os assinantes que recebem o jornal em casa e, na companhia dele, têm seu momento de leitura. Enquanto o texto vai tomando forma na tela do computador, até esquecemos para quem estamos escrevendo. Pessoas de perto e de longe, do interior e da cidade, das mais diferentes crenças e classes sociais, das quais participamos da vida sem perceber.
Nesta edição, buscamos mostrar essas pessoas. Circulamos com um caderno especial de aniversário, no qual contamos a história de leitores do jornal de todo o município. Escolhemos um assinante por distrito, para ilustrar essa diversidade: desde o seu Nilo e a dona Neri Parckert, de Linha Cachoeira, até o Euclides Kummer e a Márcia Cardoso, de Vila Mariante, para citar duas localidades em diferentes pontas do mapa de Venâncio Aires.
No suplemento, também destacamos o importante trabalho dos 19 colegas entregadores, que em percorrem mais de 1 mil quilômetros por dia pelo interior para entrega do jornal, em 21 roteiros – a maior parte, feito de motocicleta. Sem eles, que trabalham de madrugada, enfrentam chuva e dias rigorosos de inverno, não seria possível fazer com que o jornal chegasse a seu destino final. Obrigada!
Reportagens eternizadas
Dias atrás, a jornalista Débora Kist, que assina a série de reportagens Relíquias sobre Rodas, recebeu um registro que emocionou a equipe. O médico Paulo Thomaz da Silva, um dos entrevistados para a série, emoldurou a reportagem sobre a história do Laudau 1979 da família dele, publicada no dia 7 de setembro.
Para Débora, é muito bonito quando “as pessoas realmente se reconhecem na reportagem, se emocionam e têm naquela matéria o registro de um pedaço da vida”. Mais do que isso, quando guardam com tanto carinho e respeito o trabalho produzido pela Folha do Mate. “São as páginas do jornal enquadradas e que agora fazem parte da decoração da casa. Isso não tem preço e me emocionou demais”, sintetizou.