Nos últimos dias, as redes sociais foram inundadas pelo “morango do amor”. A sobremesa inspirada na maçã do amor virou a queridinha do momento e a repercussão está sendo tão grande que virou pauta de economia e da agricultura.
Em Venâncio Aires, onde a produção de morango alcança, em média, 70 toneladas ao ano, a safra ainda nem começou e a expectativa dos produtores é de que essa ‘febre’ possa seguir na primavera. Conforme explicou a extensionista da Emater, Djeimi Janisch, a colheita no município só atinge seu auge a partir da segunda quinzena de agosto, se estendendo até novembro.
A produção de morango tem se consolidado em Venâncio. O cultivo em escala comercial envolve cerca de 48 famílias numa área de aproximadamente 1,3 hectare. Muitas propriedades têm no morango uma importante fonte de diversificação de renda, envolvendo, principalmente, as mulheres, que se dedicam ao manejo cuidadoso que depois chega às feiras, mercados ou diretamente na porta dos consumidores.
Pode até surpreender a repercussão do morango do amor, mas é muito mais agradável ver um doce como esse viralizar do que tantas notícias tristes e atos banais que circulam no nosso dia a dia. Por trás dessa delícia, há o trabalho dedicado de agricultores e empreendedores que agora colhem os ‘frutos’ da sensação do momento.

Acessibilidade para dar o exemplo

No início de setembro, duas secretarias da Prefeitura de Venâncio Aires — Habitação e Desenvolvimento Social e Planejamento e Urbanismo – além do Centro de Processamento de Dados (CPD) serão transferidos para um novo espaço na rua Júlio de Castilhos, nº 599, no Centro. O local, alugado pelo Executivo, foi escolhido por oferecer melhores condições de trabalho e atendimento ao público, incluindo acessibilidade, uma condição que o prédio atual da Prefeitura ainda não atende plenamente. Como afirmou a secretária de Planejamento, Deizimara Souza, em entrevista à Terra FM, não basta exigir acessibilidade nas obras dos outros; o poder público precisa dar o exemplo. “Quem conhece, sabe que não temos acessibilidade na secretaria de Planejamento. É a secretaria responsável pela aprovação de projetos de qualquer obra que acontece no município e não aprovamos nada sem acessibilidade. Cobramos e não fazemos. Por isso, optamos por um local amplo, 100% acessível para mostrar às pessoas que o que cobramos, também devemos fazer”, pontuou a secretária, que compartilha do desejo do prefeito Jarbas da Rosa de construir um centro administrativo para abrigar os serviços municipais.

Concessão de rodovias

O leilão do Bloco 2 de concessões rodoviárias, que abrange seis estradas no Vale do Taquari e Norte do estado, deve ser publicado em agosto. O projeto, que inclui a RSC-453, rodovia que nasce em Venâncio Aires, prevê 30 anos de concessão. Em artigo publicado na última semana, o secretário estadual da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, declarou que o bloco 2 “foi e ainda está sendo construído com muito diálogo. Nossa expectativa é fazer o leilão até o final deste ano e assinar o contrato com a nova concessionária no início do ano que vem.”

Indústrias de tabaco empregam mais de 44 mil pessoas no Brasil

Um levantamento realizado pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e pelo Sinditabaco-BA atualizou os números de empregos gerados pelas indústrias do setor no Brasil. Ao todo, são 44.112 postos de trabalho diretos em todo o país, somando empregados efetivos, temporários, terceirizados e transportadores. Os dados foram coletados entre as associadas das duas entidades, sem contabilizar os postos de trabalho de empresas não associadas nem os empregos indiretos gerados pelo setor.
A Região Sul – Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – concentra 69% dos empregos do setor, com 30.472 vagas , enquanto no Nordeste – onde há produção de tabaco na Bahia, em Sergipe e Alagoas – são 13.640 postos de trabalho. Nesta região predomina a produção de tabaco para charutos.
Nos três estados do Sul, onde se concentra o maior complexo industrial de tabaco do mundo, há 11.118 empregados efetivos e 14.390 trabalhadores temporários contratados no pico da safra. Também foram contabilizados 3.173 terceirizados fixos, que atuam em áreas como alimentação, segurança e limpeza, além de 1.791 transportadores de tabaco cru, responsáveis pelo transporte da matéria-prima das propriedades até as indústrias.
Em solo gaúcho, Santa Cruz e Venâncio se destacam como os principais polos da indústria do tabaco. Segundo o presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, as duas cidades possuem renda per capita diferenciada. “Isso se deve, em grande parte, às indústrias de tabaco, que movimentam a economia regional”, comenta .