Até quando?

A morte da jovem Juliani Klamt, 31 anos, chocou a comunidade venâncio-airense nesta terça-feira. Além de uma vida, sonhos e metas são interrompidos. Fica a dor e a indignação dos familiares, amigos e colegas. Juliani entra para as amargas e revoltantes estatísticas de feminicídio.

Em Venâncio Aires, é a quarta mulher – segundo apurou a reportagem – que tem a vida ‘arrancada’ por um ex-namorado ou ex-marido em um intervalo de 1 ano e dois meses. Em todos esses casos, depois de matarem, tiraram a própria vida. Sentimento de posse, doentio e que deixa marcas para sempre na vida de muita gente aqui.

Até quando continuaremos registrando tantos casos de feminicídio? A sociedade não pode se calar e a morte de Juliani não pode ser tratada como mais uma.

Nas lembranças dos familiares e amigos, pelo que se ouviu e leu ao longo desta terça-feira, fica a imagem de uma jovem querida, de bom coração, cheia de planos. Para nós, sociedade, fica o dever de chamar atenção para o assunto e, com apoio das entidades, poder público, Brigada e do próprio Conselho Municipal da Mulher, atuar por mais respeito e proteção às mulheres. Esta causa é da sociedade.

O assunto vai ser tema do programa Terra em Meia Hora desta quarta-feira, da Rádio Terra FM, às 12h.

Respeito
A cada crime, acidente, tragédia registrada aqui e em qualquer lugar, as redes sociais apresentam-se como verdadeiros ‘termômetros’ do comportamento humano. Como veículo de comunicação, temos o dever de respeitar a família e a própria vítima e aguardar a hora certa para divulgar detalhes, a começar pelos nomes dos envolvidos.

Por isso, em muitos casos, as identidades dos envolvidos demoram para ser divulgadas, pois deve-se respeitar o tempo da Polícia informar os familiares ou mesmo, o tempo de uma apuração ou investigação. Os comentários que lemos na internet muitas vezes desrespeitam a família e até o trabalho jornalístico que deve estar comprometido em informar de forma séria e responsável.

Enquanto isso, o que se vê, é uma enxurrada de informações compartilhadas de forma irresponsável em redes sociais, especialmente, pelo WhatsApp. Nestas horas, é primordial se colocar no lugar do próximo. Poderia ter sido com qualquer um de nós. Mais respeito!

Perdas no tabaco
Relatório divulgado pela Emater de Venâncio Aires sobre os efeitos da estiagem na agricultura local, mostra que dos mais de R$ 41 milhões em prejuízos no campo, R$ 31 milhões são na cultura do tabaco. O valor representa uma perda de 14,90% na área cultivada.

O ‘estado’ das folhas, devido à seca, deve impactar diretamente no preço pago pelas fumageiras. A maior parte das tabacaleiras dará início ao período de compra na segunda quinzena deste mês.

Tipuanas da rua Brígida Fagundes
Como prometido pela Prefeitura de Venâncio Aires, foi realizada, ontem, a poda de árvores tipuanas na rua Brígida Fagundes, no bairro Brígida. A demanda foi reforçada pelos moradores depois que uma árvore caiu sobre um carro, na última semana, causando enorme prejuízo para o proprietário.

A Folha do Mate passou pelo local na tarde de ontem e registrou o trabalho liderado pela Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisp). Segundo alguns moradores que estavam acompanhando a poda, a expectativa era por um corte mais ‘significativo’, com o intuito de que as tipuanas não voltem a causar novos estragos e até perigo para moradores e demais pessoas que passam pela rua.

A autorização para corte de árvores deve ser solicitada à Secretaria de Meio Ambiente, através do telefone 3983-1034.

Médicos se manifestam
Em ‘a pedido’ publicado na edição impressa esta quarta-feira, 8, médicos do Corpo Clínico do Hospital São Sebastião Mártir e a Associação Médica de Venâncio manifestam preocupação diante da notícia sobre o início das obras de construção da UTI Neonatal.

Na manifestação, os profissionais argumentam a grave crise financeira que o HSSM atravessa e afirmam que lhes parece ‘inapropriado’ iniciar a construção da unidade. “Hoje, quem se encontra na UTI é o nosso hospital”, diz trecho da nota de esclarecimento.



Letícia Wacholz

Letícia Wacholz

Atua há 15 anos na Folha do Mate e desde 2015 é editora da Folha do Mate. Coordena a produção jornalística multiplataforma do grupo de comunicação. Assina a coluna Mateando, a página 2 do jornal impresso.

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