O consumo de bebidas energéticas virou febre entre os jovens e também adolescentes, que recém saíram da infância. Uma balada de vez em quando, que nada. Praticamente todo final de semana. Foi-se o tempo em que tomar uma cerveja ‘era algo’ nas baladas. O barato é ‘enxer a cara’ de energético aliado na maioria das vezes à bebidas alcóolicas.
Frente a isso, tramita na Assembleia projeto de lei de autoria do deputado Paulo Borges (DEM), que proíbe a venda, a oferta, o fornecimento, a entrega e a permissão de consumo de bebida energética, ainda que gratuitamente, a menores de 18 anos. Borges destaca que é sabido que não só a bebida alcoólica como outras drogas podem causar dependência, a exemplo das bebidas energéticas. Como as bebidas energéticas possuem carboidrato, cafeína e taurina têm efeito estimulante. As bebidas têm a capacidade de reduzir o sono durante um tempo estabelecido. Em quem não tem o costume de beber café todos os dias, por exemplo, elas podem ter um efeito de três horas.
Malefícios – Segundo o clínico geral Flávio Tocci, os energéticos apresentam uma dose alta de cafeína e de substâncias com nível toxicológico questionável, e o organismo de uma criança não está preparado para receber tamanhas doses. “Se um adulto já fica acelerado, imagine uma criança. Ela pode apresentar tremedeira, ficar nervosa e muito acelerada. Não é apropriado”, explica. E a cafeína ainda acelera a perda de cálcio e magnésio pelo organismo, podendo causar câimbras.
“Quem toma cafeína em excesso corre o risco ainda de ter dependência da substância, pois ela diminui a sensação de dor e cansaço”
Renata Mendes, especialista em nutrição esportiva
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Fonte: Assembleia Legislativa