Falta de mão de obra repercute

Um dos assuntos mais comentados nesta semana, pautado pela audiência pública realizada na Câmara de Vereadores de Venâncio Aires, é a falta de mão de obra formal na Capital do Chimarrão.
Assunto recorrente no meio empresarial, o tema também ganha atenção dos agentes públicos em busca de soluções ou, pelo menos, alternativas para minimizar os impactos desta demanda, cada vez maior.
A falta de profissionais para ocupar as vagas de emprego, com ou sem exigência de qualificação, é uma realidade enfrentada por diferentes segmentos econômicos e também é um desafio para quem mora na área rural. A coluna Mateando recebeu contato da leitora Carmem Wessling Penck, que ao lado do marido lidera a propriedade rural na localidade de Linha Isabel, no interior de Venâncio Aires. O casal tem um filho, de 7 anos. Confira o que escreveu a agricultora, por e-mail:

“A falta de mão de obra é um problema que cada vez cresce mais. Em todas as culturas. Na cultura do tabaco essa questão é ainda mais preocupante, pois a legislação não permite que o jovem trabalhe no tabaco antes dos 18 anos. Importante debater este assunto.
A área rural sofre com o êxodo rural. Áreas onde não é possível o trabalho mecanizado sofrem ainda mais. Fazer com que o jovem tenha interesse em permanecer no campo é um desafio. Não vejo o turno integral nas escolas de Ensino Médio do campo como algo que possa trazer perspectivas boas, a não ser que tenham uma didática voltada pra realidade do campo. Iniciativas como a Efasc podem, talvez, trazer resultados. Qualquer política pública ou outra iniciativa para amenizar esse problema da falta de mão de obra é válida.”

Quer dividir a tua opinião ou sugestão sobre a falta de mão de obra em Venâncio Aires? Envie um e-mail para [email protected] ou para o WhatsApp (51) 98943-4110.

Jarbas defende reformulação do programa Bolsa Família

“Já passaram quatro presidentes da República e ninguém fez nada. Falta coragem política para fazer um novo desenho do Bolsa Família, mas até agora não apareceu um presidente que tenha coragem de fazer isso”. A declaração é do prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, durante entrevista ao programa Folha 105 – 1ª edição, na manhã de ontem. O assunto foi abordado justamente diante das diversas declarações de lideranças empresariais, que elencam o benefício social como um dos principais fatores que prejudicam a oferta de mão de obra formal no município. Para o chefe do Executivo, que defende uma reformulação do programa, há vários motivos que justificam a demanda por trabalhadores, entre elas, a alta carga tributária para contratação via CLT e o crescimento do número de empreendedores individuais. Sobre o Bolsa Família, lembrou que trata-se de um programa de esfera federal e criticou o fato de que, a cada ano, o governo aumenta os recursos destinados ao benefício.

3.379 é o número de famílias de Venâncio Aires atendidas pelo Programa Bolsa Família. O valor médio recebido por elas é R$ 600. O maior número de beneficiários são mulheres, lideres de família, com filhos.

Confira a declaração completa:



Letícia Wacholz

Letícia Wacholz

Atua há 15 anos na Folha do Mate e desde 2015 é editora da Folha do Mate. Coordena a produção jornalística multiplataforma do grupo de comunicação. Assina a coluna Mateando, a página 2 do jornal impresso.

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