Homenageada da terceira edição do Brasília International Film Festival (Biff),entrou na sala do Cine Cultura Liberty Mall, na capital federal, na tarde de sexta-feira, transbordando carisma. Sua simpatia diante de fãs e jornalistas foi inesgotável, tanto quanto diante das perguntas sobre seu pai. “Vivo à sombra do meu pai. é uma sombra maravilhosa e aconchegante. Quando não me perguntam sobre ele fico inquieta”, disse a filha de Charles Chaplin.
A data da homenagem é oportuna. O ano de 2014 marca o centenário do surgimento de um dos maiores personagens do cinema, Carlitos, trazido à vida por Chaplin. Criador e criatura terão espaço especial no 3º Biff, com exibição de várias obras como Carlitos Bombeiro, Carlitos no Armazém e O Conde (todos de 1916) e O Vagabundo (de 1915).
“Carlitos é meu herói. é uma inspiração para todo mundo, porque representa a pessoa que dá patadas na autoridade, e isso é muito importante fazer. é alguém que cai e se levanta outra vez”, disse Geraldine. “Eu vejo Carlitos com a pretensão de ser um pequeno burguês. é um vagabundo, e essa pretensão dele nos dá esperança”, completou.
Mas Geraldine é mais do que filha de um grande homem. Ela atuou em dezenas de filmes ao longo dos anos, dentre eles Doutor Jivago (de 1965) e Fale com Ela (de 2002). Geraldine também participou da adaptação cinematográfica da vida do pai. Em Chaplin (de 1992) ela interpreta a própria avó, Hannah. Para ela, não foi o parentesco que garantiu o papel no filme.
Foi uma grande alegria, porque era um papel belíssimo. Eu não pensava em ter nenhum papel no filme, porque era muito jovem para viver minha mãe e muito velha para outras mulheres. Não havia pensado na minha avó, porque não parecemos em nada. Ela era baixa, de olhos azuis e muito gorda”
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