Foto: Divulgação / Internet.
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Mais decisões do que nunca

Pela primeira vez em uma Conferência das Partes para o Controle do Tabaco, será apresentado um relatório de avaliação produzido de forma independente sobre a implementação do tratado global. Segundo o finlandês Pekka Puska, que faz parte do grupo de peritos da Convenção-Quadro “o relatório mostra claramente como o mundo está se beneficiando com este instrumento global. Ao mesmo tempo, ainda há muito a ser feito nos países para a plena implementação para atingir efeitos mais fortes “.Ele também alerta sobre os riscos dos produtos como cigarros eletrônicos, narguilés e cachimbos (foto) que, segundo ele, podem levar a um aumento “riscos de iniciação” ao consumo de tabaco.A chefe do Secretariado, Dra. Vera da Costa e Silva já vem mandando o recado para os delegados que vão participar de 7 a 12 de novembro, da COP 7. Ela reafirmou que “este ano vamos fazer mais decisões do que nunca e abordar questões que suportam as metas de desenvolvimento e provar o benefício econômico de controle do tabaco. “

 

Exposição fotográfica A organização da Conferência das Partes para o Controle do Tabaco não vem poupando críticas à indústria do tabaco, acusando-a de vendedora de mentiras aos produtores de tabaco. Em um reportagem disponibilizada nesta semana, cita que os artigos 17 e 18 da Convenção são projetados para encontrar alternativas sustentáveis aos produtores de tabaco e proteger o meio ambiente.

Neste contexto, delegados e observadores da COP7 serão convidados a acompanhar uma exposição fotográfica que promete mostrar os efeitos da indústria, principalmente, o envolvimento de crianças que atuam nas lavouras. “Estas questões a indústria do tabaco não quer que o resto do mundo saiba. [A exposição] ajudará a ilustrar as condições terríveis.” Sabe-se que existe traballho infantil, mas isso não é uma exclusividade da cultura do tabaco. Aliás, setor de tabaco é pioneiro no combate ao trabalho infantil no meio rural, sendo o único a exigir o comprovante de matrícula dos filhos dos agricultores em idade escolar e o atestado de frequência para a renovação do contrato comercial existente entre empresas e produtores, dentro do Sistema Integrado de Produção de Tabaco.

Crescer LegalEnquanto os órgãos de saúde acusam a indústria de ser uma das culpadas pelo trabalho infantil nas lavouras de tabaco e pelos riscos causados ao meio ambiente, o Sinditabaco trabalha a todo vapor com seus projetos de sustentabilidade e de inserção dos jovens no mundo da educação e gestão rural. Um exemplo pioneiro disso é o Instituto Crescer Legal que envolve 20 jovens de Venâncio Aires. Os adolescentes possuem contratos como jovens aprendizes e recebem salário proporcional a 20 horas semanais (meio salário mínimo), além de certificação e demais direitos de acordo com a Lei de Aprendizagem. Em Venâncio, quatro empresas associadas mantêm contratos com os jovens: Alliance One Brasil, China Brasil Tabacos, CTA – Continental Tobaccos Alliance e Tabacos Novo Horizonte. A proposta é, sobretudo, incentivar que o jovem veja no campo, um futuro promissor, inclusive, encontre o caminho da diversificação.

Foto: Reprodução / Folha do Mate.