As consequências das enchentes no Rio Grande do Sul abrangem inúmeros setores direta e indiretamente. A principal cultura agrícola de Venâncio Aires também já sente os reflexos das cheias, que prejudicaram os fumicultores que já tinham plantado ou que estavam prestes a iniciar a nova safra na lavoura.
Nesta quinta-feira, 6, a Folha do Mate publica uma matéria, assinada pela jornalista Débora Kist, que traz a estimativa de uma redução de 200 hectares de tabaco na safra 2024/25, em Venâncio Aires.
Um das principais dificuldades é a condição do solo. Conforme apurado pela reportagem, algumas propriedades se tornaram inviáveis para o plantio do tabaco e forçadamente os agricultores terão que buscar outras terras para o plantio das mudas, pois não há tempo viável para recuperar as terras e atender o calendário da safra.
Um morador de Picada Mariante, uma das regiões mais afetadas pela cheia do rio Taquari, vai arrendar uma área em Linha Tangerinas para poder viabilizar a safra.
Conforme relatório do Governo do Estado, em todo Rio Grande do Sul, mais de 206 mil propriedades foram afetadas, com perdas na produção e na infraestrutura.
Este é um exemplo claro do quanto as consequências de uma enchente vão muito além dos danos estruturais em casas, estradas e pontes. Além da agricultura, os impactos estão na cultura, no turismo, na logística, na infraestrutura, no transporte, na saúde, na educação, na economia, na geração de renda e empregos. Sem contar aquilo que não é possível contabilizar e mora no coração e na mente dos gaúchos.
Bandeira do RS
Reconstrução, superação, força. Após a maior tragédia climática do Rio Grande do Sul, um dos símbolos do Estado ganhou ainda mais evidência. A bandeira gaúcha vem sendo hasteada em diversos locais e se tornou um símbolo de resistência. Exemplo disso é o restaurante Casa do Peixe, em Arroio do Meio. A imagem do estabelecimento após a enchente, com uma bandeira do estado hasteada na frente do restaurante, rodou o Brasil.
Fica como sugestão a troca da bandeira do Brasil na Praça Henrique Bender, em Venâncio Aires. Geralmente a troca pela bandeira gaúcha ocorre na Semana Farroupilha.
Alemonzito no Folha Rural
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Neste sábado, 8, o caderno especial Folha Rural circula com uma novidade: a página do influenciador digital Rogério Vogt, o Alemonzito. No espaço, os leitores poderão conferir histórias de produtores rurais, curiosidades sobre o interior, exemplos de agroindústrias e demais fatos divulgados nas suas redes sociais do influenciador, conhecido pelo bom humor e o sotaque do dialeto alemão. O conteúdo, que circulará de forma mensal, é mais uma forma de evidenciar a importância dos produtores rurais e moradores do interior de Venâncio Aires e região.
Concurso vai identificar árvores gigantes de erva-mate no RS
Um concurso de abrangência estadual vai revelar a maior árvore símbolo do Rio Grande do Sul, a erva-mate (Ilex paraguariensis). O concurso ‘Árvores Gigantes’, que está na segunda edição, foi lançado na manhã de ontem, Dia Mundial do Meio Ambiente, na Universidade de Passo Fundo (UPF). Coroando o lançamento, foram plantadas cinco mudas de erva-mate, representando os cinco Polos Ervateiros do Estado – um deles é o polo de Venâncio Aires.
O concurso visa identificar os maiores exemplares de diferentes espécies arbóreas nativas do Rio Grande do Sul, também consideradas estratégicas para a conservação da fauna silvestre.
De acordo com a comissão organizadora, em função das enchentes que assolaram o estado, para esse ano ficará apenas a divulgação do concurso e a identificação dessas árvores. A partir do mês de março de 2025 será lançado o regulamento e a abertura das inscrições, que poderão ser feitas nos escritórios municipais da Emater/RS-Ascar. A divulgação da árvore gigante será no dia 21 de setembro, quando se comemora o Dia da Árvore.
Para saber…
- A Prefeitura de Venâncio Aires divulgou, ontem à tarde, que 39 famílias desabrigadas devido às enchentes já estão usufruindo do benefício de aluguel social e outras 154 com processo em andamento e análise.
- O Brasil completou, ontem, dois anos sem casos autóctones, ou seja, com transmissão em território nacional, do sarampo. Com isso, o país poderá retomar a certificação de ‘livre de sarampo’. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde.
