Foi anunciada, nesta semana, a data da 9ª edição da Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT). Realizada a cada dois anos, a COP será realizada de 9 a 14 de novembro, em Haia. A cidade holandesa é considerada a capital internacional da Justiça e da paz.
O evento desperta atenção e preocupação de toda cadeia produtiva do tabaco.É importante dizer que embora seja um evento internacional e que discute saúde pública, os debates podem trazer reflexos diretos para o setor. Na conferência são debatidas ações para combater o consumo de cigarros e outros produtos de tabaco, ou seja, afeta todo o mercado, desde a produção.
Para o produtor pode parecer algo distante, mas é sério e deve fazer parte da agenda das lideranças, especialmente, dos municípios produtores, como é o caso de Venâncio Aires. Conforme o presidente da Câmara Setorial do Tabaco, Romeu Schneider, as decisões de uma COP podem afetar a produção de tabaco, também, pois se a indústria for afetada, o produtor, de alguma forma, também será.
Acompanhei, como representante da Folha e Terra FM, as duas últimas edições da COP, na Índia, em 2016 e na Suíça, em 2018. Embora o Brasil tenha liderado, especialmente na última edição, um projeto para incentivar e acelerar a diversificação, essa iniciativa de apoio ainda anda a passos muito lentos, até porque, dos 181 países que integram os debates, praticamente a metade não planta tabaco.
Enquanto isso, aqui no Brasil – que é um dos maiores produtores de tabaco do mundo – não se vê nenhum investimento significativo por parte do governo brasileiro.
>>LEIA MAIS: COP 9 será em novembro, na Holanda