O escritor e jornalista Zuenir Ventura foi eleitoontem, em primeiro escrutínio, para ocupar a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele  substitui o dramaturgo, poeta e romancista Ariano Suassuna, que faleceu no dia 23 de julho deste ano.

Zuenir recebeu 35 dos votos, sendo18 de acadêmicos presentes no Petit Trianon, como é conhecido o prédio histórico da entidade e 19 por meio de cartas. Os poetas Thiago de Mello e Olga Savary, concorreram com Zuenir e tiveram um voto cada. 

 Zuenir Ventura tem 83 anos e é casado com Mary Ventura há 51. O casal tem dois filhos, Elisa e Mauro. O novo imortal é bacharel e licenciado em letras neolatinas, jornalista, ex-professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Escola Superior de Desenho Industrial, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Atualmente colunista do jornal O Globo, começou no jornalismo, em 1956, como arquivista. Nos anos de 1960 e 1961, frequentou o Centro de Formação dos Jornalistas de Paris após conquistar uma bolsa de estudos. Entre 1963 e 1969, foi editor internacional do jornal Correio da Manhã, diretor de Redação da revista Fatos & Fotos, chefe de Reportagem da revista O Cruzeiro, editor-chefe da sucursal-Rio da revista Visão-Rio.

No fim de 1969, realizou para a Editora Abril uma série de 12 reportagens sobre Os Anos 60 – a década que mudou tudo, também publicada em livro. Em 1971, voltou para a revista Visão, onde, até 1977, foi chefe de Redação da sucursal no Rio. Após esse período, transferiu-se para a revista Veja, na qual ocupou o mesmo cargo. Em 1981, como diretor de sucursal, foi para a revista Istoé. Quatro anos depois, foi convidado a reformular a revista Domingo, do Jornal do Brasil, onde ocupou várias funções de chefia.