Bater em cachorro morto é fácil, é o mesmo que comentar em cima de um resultado feito. Ontem à tarde discutimos em vários grupos de whatsapp sobre o que poderia acontecer no Maracanã logo mais à noite. Meus amigos gremistas e até colorados estavam confiantes numa classificação.
Num determinado momento, disse: “Se o Grêmio jogar como foi na Arena, no primeiro confronto, o Flamengo goleia”. No primeiro tempo até houve resistência tricolor, mas as individualidades decidiram a passagem do Mengão à final. A começar pelos goleiros, passando pelos marcadores, mentores, terminando no camisa 9.
Comparar Paulo Victor com Diego Alves não dá; muito menos Gabigol com André. Nestes gritantes detalhes, o Grêmio afundou em mais uma semifinal, repetindo a eliminação para o River Plate há exatamente um ano. Só Renato depositava confiança em André como centroavante, o torcedor gremista sabia que não daria certo. Na posição de goleiro, Renato não tem culpa. A direção não lhe deu um jogador confiável desde a saída de Grohe.
Perder de 5 x 0 parece exagerado, mas o Flamengo está muito acima dos demais no futebol brasileiro. Arrisco a dizer que o time treinado pelo português Jorge Jesus não terá dificuldade de superar o sempre temido River na decisão de novembro, no Chile. E digo mais: Pode levar o Mundial de Clubes quando terá pela frente o Liverpool como campeão europeu.
Para o Grêmio, basta seguir lutando junto com o rival Inter por uma vaga na próxima Libertadores. É o que tem restado para nós gremistas e colorados todos os anos.