Rui Borgmann / Blog do Rui
Rafael contou sobre episódio com técnico Fabiano Daitx em 2014. “Não entendo porque ele me tirou do time”

Rafael Bitencourt tem uma trajetória favorável no Esporte Clube Guarani. Ficou conhecido como o ‘homem-acesso’, obtendo êxito com mais outros clubes do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O meio-campista de 29 anos postou em sua página pessoal do Facebook que demonstra vontade de disputar a Divisão de Acesso pelo índio. Na publicação ele não esconde alguma mágoa com a atual direção rubro-negra, que segundo ele não lembrou de seu nome.

Precocidade

Em 2006, com apenas 18 anos, deixou o time de juniores do Juventude e foi um dos maiores responsáveis pela exuberante campanha do Rubro-negro na Série B. Zecão também era o presidente. Naquele ano, o índio ascendeu como vice-campeão e Rafael marcou 13 gols. Em 2014, foi o artilheiro da equipe com oito gols no título do returno da Terceirona e ainda sagrou-se vice-campeão da Copa Fernandão.

Foto: Rui Borgmann / Blog do RuiEm 2014, liderou a equipe campeã do returno da Terceirona que culminou com o retorno à Divisão de Acesso
Em 2014, liderou a equipe campeã do returno da Terceirona que culminou com o retorno à Divisão de Acesso

Litígio

Já em 2015, no quadrangular final, atuou apenas alguns minutos em seis jogos, sendo preterido pelo técnico Fabiano Daitx. Era o capitão da equipe, homem de confiança. “Na última hora o treinador me tirou quando o time mais precisava de mim. Estava acostumado com aquela situação de dificuldades, de torcida contra, casa cheia. Estava no banco doido para entrar”. No jogo decisivo, Rafael treinou entre os titulares e acabou sacado em Vacaria.

Desabafo

No fim do ano passado, Rafael diz que tinha apalavrado um acerto com o presidente Zecão no sentido de ajudar no que fosse preciso. Porém, o departamento de futebol não o procurou, optando pela contratação de outro jogador da posição. O meio-campista ressalta que precisaria passar por uma preparação física adequada para ter todas as condições de vestir a camisa do índio com qualidade e auxiliar numa grande campanha.

Carinho e respeito

Bitencourt contou que teve propostas para jogar no centro e norte do país, mas entende não ser compensatório deixar a família. Com três passagens pelo Guarani e dois acessos, diz que o Rubro-Negro merece todo seu carinho e respeito. “Fui torcedor quando criança indo aos jogos com meu pai e tive o prazer de vestir essa camisa. às vezes algumas pessoas que fazem o futebol decepcionam. Na verdade nunca reconheceram que tenho mais de 100 jogos e 30 gols marcados pelo clube. Tenho muito a colaborar, mas também depende da vontade do Guarani”.