Foto: Rui Borgmann/Daniel Heck / Blog do RuiScheibler permaneceu três jogos oficiais para ser substituído por Tonho Gil
Scheibler permaneceu três jogos oficiais para ser substituído por Tonho Gil

Na sua segunda passagem como treinador do Guarani, Noca não teve tempo de comemorar a tão esperada vitória.

Conhecendo o profissional durante anos, com muitos amigos na cidade, havia a torcida para que o treinador engrenasse na carreira.

O confronto diante do desmantelado Riograndense era um prato cheio, mas a diretoria resolveu antecipar sua saída para não incorrer do mesmo deslize de 2012, quando a troca de comando foi considerada tardia e o clube desceu para a Terceirona.

Contra os números não há argumentos e o motivo da saída é a soma de apenas um ponto em nove disputados.

Antes, nos amistosos, as atuações e os resultados também não foram satisfatórios e o contexto pesou.

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A saída de Noca e a consequente chegada de Tonho Gil, 58 anos, é, na prática, a quebra de um projeto pensado no início da temporada.

De um grupo delineado para permanecer na atual divisão, as contratações em meio aos amistosos alteraram os rumos, ou seja, o Guarani pensa em chegar mais longe.

E, pela lógica, precisaria de um comandante mais experiente e acostumado a enfrentar as agruras do Gauchão.

Em 1983, Tonho fez parte do elenco gremista que ganharia o Mundial de Clubes.

Como técnico, levou Ypiranga e Avenida ao título e ao vice-campeonato da segunda divisão em 2008 e 2014, respectivamente.

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A torcida é para que Scheibler siga seu caminho e tenha tempo, paciência e persistência para alcançar sua plena felicidade e autonomia no trabalho.

E que Tonho Gil tenha tranquilidade para exercer seus conhecimentos a fim de obter a classificação entre os cinco melhores.

Depois, a própria história e o peso da camisa rubro-negra poderão contribuir nos embates pela única vaga na elite do futebol gaúcho.