Na sua segunda passagem como treinador do Guarani, Noca não teve tempo de comemorar a tão esperada vitória.
Conhecendo o profissional durante anos, com muitos amigos na cidade, havia a torcida para que o treinador engrenasse na carreira.
O confronto diante do desmantelado Riograndense era um prato cheio, mas a diretoria resolveu antecipar sua saída para não incorrer do mesmo deslize de 2012, quando a troca de comando foi considerada tardia e o clube desceu para a Terceirona.
Contra os números não há argumentos e o motivo da saída é a soma de apenas um ponto em nove disputados.
Antes, nos amistosos, as atuações e os resultados também não foram satisfatórios e o contexto pesou.
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A saída de Noca e a consequente chegada de Tonho Gil, 58 anos, é, na prática, a quebra de um projeto pensado no início da temporada.
De um grupo delineado para permanecer na atual divisão, as contratações em meio aos amistosos alteraram os rumos, ou seja, o Guarani pensa em chegar mais longe.
E, pela lógica, precisaria de um comandante mais experiente e acostumado a enfrentar as agruras do Gauchão.
Em 1983, Tonho fez parte do elenco gremista que ganharia o Mundial de Clubes.
Como técnico, levou Ypiranga e Avenida ao título e ao vice-campeonato da segunda divisão em 2008 e 2014, respectivamente.
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A torcida é para que Scheibler siga seu caminho e tenha tempo, paciência e persistência para alcançar sua plena felicidade e autonomia no trabalho.
E que Tonho Gil tenha tranquilidade para exercer seus conhecimentos a fim de obter a classificação entre os cinco melhores.
Depois, a própria história e o peso da camisa rubro-negra poderão contribuir nos embates pela única vaga na elite do futebol gaúcho.