O caminho não é tão espinhoso quanto parece.
Há pouco mais de um mês escrevi neste espaço de que Mano Menezes seria o técnico do Inter em 2015.
Baseado na campanha irregular de Abel Braga e com o acerto alinhavado de Tite com o Corinthians, Mano seria um dos poucos bons profissionais à disposição no mercado e com as exigências da grandeza e das pretensões do clube.
Com a vaga garantida na Libertadores, o ‘venâncio-passo-sobradense’, é o cara certo para montar um grande projeto no Inter e levar novamente o colorado às glórias.
Em resumo, o Inter precisa de Mano e Mano do Inter.
Centro das atenções na noite de quinta-feira, no Jogo das Estrelas, no Estádio Edmundo Feix, e no jantar comemorativo na sede do clube CTA, o profissional pôde rever amigos, fez fotos e deu autógrafos às crianças.
Em nenhum momento descartou treinar o Colorado no próximo ano.
O treinador é perspicaz e minucioso quando se trata em fazer uma leitura do futebol brasileiro, que vive um de seus piores momentos pós-Copa do Mundo e uma das metas para 2015 é se reciclar.
Nos últimos dois anos, teve uma passagem ruim pelo Flamengo e na sequência regular no Corinthians, finalizando o Campeonato Brasileiro em 4° lugar.
Buscar novidades táticas e aprender com uma possível transferência para a Europa no primeiro semestre também está nos planos.
Como a direção do Inter se meteu num brete quase sem saída, Mano pode ser a solução.
Numa conversa descontraída com os amigos, minutos antes de entrar em campo, o técnico deixou no ar sua posição quanto à possibilidade de trabalhar no Beira-Rio.
“Não me queriam antes, agora eles têm que valorizar. Pedi uns duzentos a mais”, deixou estas palavras no ar o ex-zagueiro e com três passagens como técnico do Guarani-VA.
Se levarmos em consideração os rendimentos de 2014, segudo a Plurianual Consultoria, a pedida atual de Mano ao Inter seria de R$ 700 mil mensais.
Depois, o ex-zagueiro do Guarani-VA entrou em campo para uns minutos em jogo beneficente no Estádio Edmundo Feix. “Este vestiário eu conheço muito bem”.
Zagueiro quando levou o Guarani a campeão amador em 1988, Mano pisou no gramado aos 30 do primeiro tempo e atuou na posição de volante ao lado de estrelas como Bolívar, Baré (Tianjin Teda-China), Diguinho (Fluminense), Fernando Kaufmann (Vitória), entre outros tantos amigos e colegas de profissão.
“Estes são amigos de verdade, diferente dos que conquistamos através da profissão”.