Como acompanho há mais de duas décadas o Guarani, e ainda setorista do time locatário, o título deste texto teria de focar a derrota do time de Venâncio Aires, mas o resultado de 2 a 1 a favor do time de Marau, em pleno Edmundo Feix, me leva a destacar o triunfo de um time formado há apenas 12 dias, inscrito há cerca de uma semana na competição e que teve apenas o goleiro reserva na casamata com seus 11 titulares.
O Rubro-Negro estreou sob a atenção de menos de 200 fieis torcedores e largou na frente com pênalti convertido por Rodolfo ainda no primeiro tempo. O treinador de goleiros Tigre substituiu Chicão no banco de reservas, já que o titular da função cumpria suspensão pela expulsão quando ainda treinava os juniores,
Na segunda etapa, o Guarani voltou dominando as ações, mas aos poucos o time liderado pelo velho e abnegado atacante Sandro Sotilli mantinha a tranquilidade do grupo serrano, sem se afobar, explorando os contra-ataques.
O 1 x 1 veio numa cobrança de escanteio e a virada por volta dos 20 minutos numa conclusão de éverton num chute no ângulo do goleiro rubro-negro. Os poucos torcedores da arquibancada e da copa – local de concentração onde frequentam os apreciadores de cerveja, não acreditaram na virada.
Mesmo com a entrada de mais dois avantes, somada ao maestro Rafael Bitencourt, o Guarani não conseguiu o empate, que até então serviria após tantos gols perdidos.
O presidente índio, Luís Assmann Júnior, que investiu na contratação de jogadores considerados de qualidade para a disputa da Terceirona, reviveu o mesmo filme do ano passado, porém acredita na capacidade do elenco para reagir na próxima rodada quando enfrenta o 14 de Julho, em Livramento.
Se vale a pena se basear em retrospecto, no ano passado, sem chances de escapar da Segundona, o time da Capital do Chimarrão fez um jogo quase que inverossímil diante do próprio velho 14, na vitória por 7 x 6, em pleno João Martins.