Segue o impasse entre o Sindicato dos Servidores Públicos e o prefeito Jarbas da Rosa (PDT), sobre reajuste dos vencimentos dos servidores. Na segunda, 18, um grupo de 25 servidores do Sindicato protestou na porta da Prefeitura, depois do expediente, e caminhou, com camisetas pretas, até a Câmara de Vereadores, onde entregou a carta publicada sábado na edição da Folha, para todos os vereadores, defendendo sua posição.
O Sindicato cobra a reposição de perdas de 2020 e 2021, durante e pandemia, no percentual acumulado de 5,23%. Em 2020, no governo do prefeito Giovane Wickert (PSB), o IPCA foi de 4% e Giovane repassou 2,5% aos servidores. Em 2021, já no governo do prefeito Jarbas da Rosa (PDT), o IPCA foi de 4,04% e por lei federal foram suspensos os reajustes para servidores públicos durante a pandemia. Em 2022 o IPCA foi de 10,6% e Jarbas repassou 12,83%, diferença de 2,52% acima do IPCA. Em 2023 repassou o IPCA de 5,79% e agora oferece recuperação de 0,5% o que os servidores não aceitam. Jarbas tinha prometido recuperar mais 2% até o final do seu governo para zerar 2021. E mantém essa promessa. O Sindicato entende que em 2024 não pode ser recuperada essa perda, por ser ano eleitoral, e cobra de Jarbas também as perdas do que Giovane ficou devendo aos servidores.
É legítima a cobrança dos servidores de reposição de perdas, mesmo que tenham um saldo positivo, pois nos últimos oito anos receberam 3,06% acima do IPCA, sem os 5,23% que reivindicam. E se considerar desde 2005 até agora, são 24,4% acima da inflação, revela relatório divulgado pelo prefeito Jarbas da Rosa. Concordo também quando o Sindicato argumenta que o percentual gasto com a folha, baixou de 37,84% das receitas em 2021 para 37,62% em 2022. O limite prudencial da folha é de 54% da receita. Mas a receita da prefeitura também não é para ser repartida com servidores. Precisam existir critérios. E graças a isso, que significa boa gestão, que a Prefeitura tem dinheiro para construir novas creches, escolas, manter estradas, investir mais em saúde para a população.
Que o prefeito reponha pelo menos o que deixou de repassar em 2021.
PL, partido que cresce no RS
O deputado federal Giovani Cherini, 5º mais votado no RS em 2022, presidente do PL gaúcho, divulga números do partido, que disparou em votos depois das filiação de Jair Bolsonaro, como presidente da República, para concorrer à reeleição em 2022, quando foi derrotado por Lula (PT) nas urnas.
O PL gaúcho, antes de Bolsonaro, tinha 17 vereadores, 18 Comissões Municipais, nenhum prefeito e nenhum vice-prefeito. Hoje tem 300 Comissões Municipais, 65 Comissões do PL Mulher, 100 vereadores, 23 prefeitos, 31 vice-prefeitos e encerra o 2023 como terceiro maior partido no estado, atrás do PP e MDB, revela Cherini.
Com a janela partidária, em abril de 2024, ele projeta o ingresso de 70 a 100 vereadores no PL. Projeta também ampliar a bancada federal eleita com cinco deputados para sete e a bancada estadual, dos cinco eleitos, para nove deputados, tornando-se a segunda maior bancada da Assembleia.
Para a eleição municipal de 2024, Cherini projeta eleger 500 vereadores e 100 prefeitos no RS. Em Venâncio o PL também ‘encorpou’. O ex-vereador do PTB José Arnildo Câmara assumiu como presidente da Comissão e tem o advogado e empresário Alexandre Wickert como pré-candidato a prefeito. E aguarda na janela de abril a filiação de vereadores do PTB, que vão se filiar em novos partidos. Ezequiel Stahl, Diego Wolschick e André Kaufmann, são as maiores possibilidades. Os outros dois petebistas, Renato Gollmann, indica se filiar ao Podemos, de Celso Krämer e Clécio Espindola, o Galo, no PDT, ou no MDB, como é especulado desde a semana passada.
Notinhas
- O Grupo Venâncio entrou com pedido de recuperação judicial no domingo, dia 17 de dezembro. A retração econômica, aprofundada pela pandemia, que fez disparar o preço da matéria prima, agravou as dificuldades da empresa metalúrgica, que emprega mil trabalhadores. É a empresa que mais emprega trabalhadores em Venâncio Aires. Marcelo Campos, diz em nota distribuída pela empresa para trabalhadores e fornecedores, que a recuperação judicial exige sacrifícios e que ele assume o compromisso de trabalhar com muita seriedade pela recuperação da empresa, preservando os empregos.
- Governador Eduardo Leite (PSDB) retirou da Assembleia projeto que aumentava o ICMS de 17% para 19,5%, como forma de compensar as perdas de R$ 4 bilhões anuais que o RS terá com a Reforma Tributária, aprovada no Congresso, que ele argumenta. Todos os estados do Sudeste e Sul, exceto Santa Catarina, fizeram isso. Com possibilidade de 21 votos, precisando de 28 para aprovar, Leite retirou o projeto para seguir a discussão de como repor as perdas com a Reforma Tributária.
- E bastou Lula fazer um discurso forte contra o alto preço das passagens aéreas, que a Gol, Azul e Latam anunciam descontões em passagens aéreas. Uma passagem para SP, que custava ai R$ 1,2 mil faz pouco tempo, agora está em quase R$ 5 mil. Um abuso.
Do X
- GloboNews: “Houve um momento em que as denúncias das manchetes de jornais falaram mais alto do que os autos dos processos”, disse Lula na posse de Paulo Gonet na PGR. «Da minha parte, te digo: nunca pedirei um favor pessoal. A única coisa que peço é que não faça o MP diminuir diante da expectativa de 200 milhões de brasileiros».
- O Globo: Governo vai recorrer de decisão do TCU que manda fiscalizar presentes de Lula em 2023
- Terra Brasil: Lula tenta evitar que TCU fiscalize seus ‘recebidos’
- Folha S. Paulo: Datafolha: 90% dizem não se arrepender do voto em Lula ou Bolsonaro no 2º turno
- Estadão: Segundo a pesquisa Quaest, Lula encerra 2023 com aprovação em baixa
- UOL: Lula: “Não tem explicação o preço das passagens de avião nesse país”
- Exame: Azul, Gol e Latam anunciam milhões de passagens aéreas com desconto
- Revista Oeste: Governo Lula cria regra que vai tirar de circulação modelos de geladeira: ‘Só vão ficar as de mais de R$ 4 mil’, lamenta associação
- Gazeta do Povo: Gasto público sobe cinco vezes mais que PIB e ameaça inflação e juros. Mas o PT quer mais
- Sergio Moro: O Brasil segue, com a gastança do Governo Lula, uma trajetória perigosa.