A estiagem e o coronavírus

Começamos a semana cheios de esperança. Esperança de que a chuva seja mais do que preveem os institutos de meteorologia. Esperança de que o coronavírus se espalhe menos do que é anunciado por órgãos de saúde pública e pela imprensa.

A estiagem deste verão já tem estragos feitos. Na nossa região muito significativos. A safra do tabaco teve quebra, a safra de milho do cedo também. Agora, as safras de soja e de milho do tarde, muito na resteva das lavouras de tabaco, sofrem com a falta de chuva e a produção está comprometida. Isso vai ter reflexo econômico direto. Se o produtor não colhe, ele não vende. E se não vende, não tem dinheiro para comprar na cidade. A produção de alimentos também é atingida e encarece os produtos. Uma engrenagem onde todos perdem.

A pandemia mundial declarada pela expansão do coronavírus chinês para todos os continentes, também muda a vida das pessoas. Se viaja menos, se evita eventos públicos, escolas estão parando, todo mundo perde, pela necessidade de prevenção para o vírus não se espalhar mais e se esvair.

Tempos ‘bicudos’ pela frente, mas à preciso reagir e seguir em frente. Vai passar e dias melhores estarão de volta ali adiante.

 

Notinhas

* Mudança do vereador Zé da Rosa para o Republicanos faz a Câmara ter oito bancadas diferentes. Neste governo, em três anos a maioria foi governista. Neste último ano a oposição tem maioria. O que não pode mudar é o compromisso com a comunidade.

* Protestos de rua no final de semana, em apoio ao governo Bolsonaro, pressionando Congresso e STF, foi esvaziado pelo coronavírus. Mesmo assim centenas de cidades registraram movimento de rua. Como aqui em Venâncio, onde não foram muitos, mas o ato de apoio aconteceu.

* Controversa foi a atitude do presidente Bolsonaro. Ele ignorou recomendações do próprio governo e foi ter contato com o povo. Um prato cheio para grande mídia bater forte.

* Manifestações contra o governo, organizadas por Centrais sindicais, UNE e organizações de esquerda como a Frente Povo Sem Medo, para esta quarta-feira, meio de semana, foram suspensas por conta do coronavírus.

* PIB nacional cresceu só 1,1% em 2019. O PIB gaúcho cresceu 2%, impulsionado pelo agronegócio.

* O esporte, que aglomera multidões, muda em tempos de coronavírus. O Gauchão foi mantido com jogos sem público no final de semana, mas foi suspenso, por 15 dias, ontem. A Divisão de Acesso teve jogos cancelados já na sexta. A CBF cancelou todas as competições, temporariamente. Vai bagunçar calendários e clubes.

 

Do Twitter

* Folha S. Paulo: Economia da China tomba após coronavírus paralisar fábricas e consumo.

* Exame: Economia pode crescer 2,5% apesar de crise do coronavírus, diz Guedes.

* GauchaZH: Bolsonaro chama de “extremismo” e “histeria” medidas adotadas diante da pandemia do coronavírus.

* O Antagonista: Deputado e médico, Osmar Terra (MDB-RS) disse que a experiência brasileira com o H1N1 mostra que “fechar escolas não resolve”.

* Cristian Deves: O que teremos mais? Falidos ou falecidos?

* Osmar Terra: O maior centro de controle de doenças transmissíveis do mundo o CDC dos EUA, não recomenda fechar escolas!

* Telmo Kist: A Globo sabe a receita de unir e fazer crescer as famílias do Brasil. O The Voice Kids é um exemplo. Pena que nos restantes 95% da sua programação é destruição pura das famílias brasileiras. Mas o tempo é implacável. Esperem.

* Eduardo Leite: Toda esta situação que o mundo enfrenta serve para nos lembrar que somos uma única e vulnerável espécie! Espero que a solidariedade que o momento exige possa mudar a trajetória de líderes isolacionistas e egoístas e deixar claro que precisamos cuidar uns dos outros.



Sérgio Luiz Klafke

Sérgio Luiz Klafke

Diretor de Conteúdo e colunista da Folha do Mate

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