Desde que assumiu a presidência e deu mostras que não compactua com corrupção no governo, a presidente Dilma alcançou a maior aprovação de um governante no primeiro ano de governo. Mas era certo, e já escrevi isso na coluna, que Dilma pagaria um preço por isso e teria que ter sustentação política para levar adiante sua proposta de “caçar os ratos” de Brasília. Alguns antigos na casa, outros bem novos. Demitiu sete ministros e outros dois deixaram o governo. Demitiu algumas dezenas de nomeados em segundo escalão. Essa faxina criou um clima de insatisfação entre os partidos aliados do PT no governo que ameaçam dar o troco em votações importantes no Congresso. Estão descontentes por ter seus afilhados demitidos. Lideranças do próprio PT estão descontentes com Dilma por estar “dinamitando” pontes no relacionamento entre partidos.
Ora, querem que siga a maneira Lula de governar; fazer de conta que nada sabe, nada vê e assim todo mundo mete a mão impunemente.
A única razão de aliados está em cobrar Dilma por comportamentos diferentes quando são ministros de partidos aliados e quando são do PT. Os demitidos de siglas aliadas foram pré-julgados pelos seus atos a partir de denúncias. Os do PT, como Fernando Pimentel, foram protegidos pelo governo e pelo partido. Esse é o erro de Dilma. Que governe para todos. E não abra mão de lutar contra a corrupção.