Desde que foi à Coreia do Sul, em 2017, logo no início do seu governo, o prefeito Giovane Wickert (PSB) voltou com a iluminação pública led em Venâncio como objetivo, pelo custo menor e pela qualidade da iluminação. Sem dinheiro para bancar, Giovane tentou criar uma Parceria Público Privada (PPP), para conceder a iluminação pública com repasse da taxa cobrada, por investimentos na troca e manutenção de todo sistema por 30 anos, na cidade e interior. Questionamentos no legislativo, especialmente do vereador Tiago Quintana (PDT), que tem se mostrado o mais ativo ‘fiscal’ do Executivo entre os 15 vereadores, foram parar no Tribunal de Contas, que acabou barrando o projeto, até por falta de legislação especifica sobre isso, que ainda é novo no serviço público.
Giovane partiu então para outra alternativa, de aderir ao Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal dos Municípios do Alto Jacuí e do Alto da Serra do Botucaraí (Comaja), contratando um financiamento de R$ 14 milhões para pagar em cinco anos de Contribuição de Iluminação Pública (CIP) pára trocar a iluminação por led na cidade e interior. Foi desautorizado pelo Legislativo, contrário ao financiamento. O prefeito foi então pelo caminho da contratação de empresa para substituir o sistema de iluminação pública por led na cidade, por R$ 6 milhões, usando recursos da conta da Contribuição de Iluminação Pública (CIP), que tem R$ 5 milhões em caixa. Tiago novamente questionou a contratação sem concorrência, alegando que os valores do contrato proposto pelo prefeito estão acima dos valores de mercado. O assunto foi parar na Justiça, onde o juiz João Francisco Goulart Borges concedeu liminar, suspendendo qualquer pagamento para a empresa contratada, a Quark Engenharia, ou adesão ao consórcio da Comaja, até que se esclareçam os fatos.
E assim se passaram os quatro anos de governo de Giovane e um dos projetos mais importantes que ele queria implantar, e que vai mudar a cidade, com melhor iluminação, tranca outra vez. Quero muito ver a cidade com sistema de iluminação pública led, mas tenho que concordar com os questionamentos de Tiago para que tudo seja feito dentro dos parâmetros da lei.
Que tudo se esclareça, e possamos ter iluminação led, tanto na cidade como no interior, como Giovane Wickert quer e a cidade merece.
Notinhas
* Por falar em fiscalização, a vereadora Ana Claudia (PDT), apresentou na Câmara projeto de resolução solicitando a criação de uma Comissão Especial para acompanhar a aplicação dos recursos vindos dos governos estadual e federal, que deverão ser utilizados pelo executivo no combate ao COVID-19. Fiscalizar os atos do Poder Executivo e contribuir com os governos criando boas leis, são a principal tarefa do Poder Legislativo.
* O comércio foi tema das reuniões setoriais realizadas virtualmente ontem para o Plano de Recuperação Econômica Pós-Pandemia da Administração Municipal. Nas duas semanas anteriores os temas foram turismo e indústria. Nas duas próximas semanas os temas serão os setores de serviços e depois tecnologia e inovação. O secretário do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Claudio Soares, coordena o trabalho liderado pelo prefeito Giovane Wickert (PSB).
* Eleição municipal deve ser confirmada pelo TSE para o dia 15 de novembro, revela o senador gaúcho Lasier Martins (Podemos). Era a data tradicional de eleição em décadas passadas.
* Hoje, às 20h, tem a live semanal de Jarbas da Rosa, presidente do PDT e pré-candidato a prefeito. A convidada para falar sobre saúde é a enfermeira e vereadora do MDB, Izaura Bergmann Landim, nome cotado para ser vice de Jarbas.
Do Twitter
* O Globo: ‘Liberdade de expressão não é liberdade de agressão’, diz Alexandre de Moraes ao votar a favor do inquérito das fake news.
* Folha S. Paulo: Governo avisa STF que Weintraub deixará Educação, e Bolsonaro busca saída honrosa a ministro.
* Ciro Gomes: O Brasil hoje importa máscara, touca, bata e equipamentos de UTI da China, quando em 1980 a indústria brasileira era muito maior que a indústria chinesa.
* Xico Graziano: Fanáticos políticos, fascistas ou comunistas, são detestáveis. Promovem ações violentas para causar. Alguns para se vitimar. O MST colocava crianças no colo nas invasões, torciam para que se derramasse sangue inocente. Outros provocam para ser presos. Pensam em virar mártires.