O final de semana foi de convenções do MDB. Em Venâncio um militante antigo assumiu a presidência do partido que tem o maior número de filiados, mas que não renovou lideranças e perdeu força política nas últimas duas décadas. O advogado Paulo Mathias Ferreira foi vereador sete vezes consecutivas e viveu os tempos de hegemonia política do partido em Venâncio nos anos 70, 80 e 90, quando venceu cinco eleições seguidas, com quatro nomes diferentes.
O PMDB venceu com Alfredo Scherer em 1976, Almedo Dettenborn em 1982, Glauco Scherer em 1988, novamente Almedo Dettenborn em 1992 e Celso Artus em 1996. Depois chegaram os tempos de desgaste e falta de novas lideranças. Em 2000 Glauco Scherer, já no PTB, derrotou Celso e Almedo. Em 2004 o PMDB conseguiu reagir e Almedo venceu Glauco. Em 2008 Airton Artus (PDT) venceu Almedo. Em 2012 Artus se reelegeu, vencendo Nilson Lehmen do PMDB, pela maior diferença de votos da história política de Venâncio. Em 2016, quando Giovane Wickert (PSB) se elegeu prefeito, o MDB nem teve candidato.
Este é o legado que Paulo Ferreira assume. Ele conhece bem a história e terá o desafio de reconstruir a força política do partido. A primeira manifestação de Paulo aponta para isso. Hoje o MDB integra o governo de Giovane Wickert (PSB), onde ocupa três secretarias e outros cargos. Paulo quer o partido protagonista na majoritária em 2020 e se não tiver candidato competitivo, diz que a chapa que o MDB apoiar vence a eleição.
O MDB se coloca como fiel da balança política. E já faz isso hoje, no Legislativo. Na segunda-feira, para aprovação do projeto das polêmicas ‘paradas inteligentes’, os três vereadores do partido – Helena da Rosa, Izaura Landim e André Puthin – inicialmente eram contra. E se votassem assim o projeto seria reprovado, somando os três votos aos outros cinco vereadores contrários. A reunião foi suspensa para conversas entre vereadores e na retomada o MDB votou a favor, garantindo aprovação do projeto do prefeito Giovane.
..
Notinhas
* Abordagem sobre os ‘haters’ da internet na coluna de ontem, alvoroçou alguns. Só expus ali uma situação que vivemos. Se qualquer prefeito, não só o nosso, for se guiar pela criticas de rede social, não constrói absolutamente nada, pois tudo que propor terá gente contra. E se não fizer nada, vai ser criticado ainda mais.
* Triste a informação de que lideranças da esquerda brasileira defendem a internacionalização da Amazônia, e buscaram no presidente francês, Emmanuel Macron, que tenta desesperadamente mudar o quadro de apenas 20% de aprovação de governo, um nome na Europa para assumir isso. E ele topou. Mas não vão levar. Coisa de vermes.
Do Twitter
* Veja: Presidente do Chile defende soberania do Brasil sobre Amazônia.
* Folha S. Paulo: Bolsonaro atribui crise entre Brasil e França à disputa entre esquerda e direita.
* Senador Heinze: A Amazônia não pode ficar na mão de criminosos que nada fazem por ela. Minha solidariedade, respeito e apoio ao trabalho do Presidente Bolsonaro.
* Cristian Deves: Macron sugeriu internacionalizar a Amazônia, vou traduzir: transformar a Amazônia em Colonia Francesa. E tem jornalistas de acordo com este Presidente Francês. Acorda Macron…a Amazônia é brasileira.