E cá estamos, findando 2018, um ano agitado, especialmente na política. A eleição presidencial nos mostrou que a forma de fazer política mudou e os partidos tradicionais não se deram conta disso. O Movimento Brasil Livre (MBL) promoveu em São Paulo um debate sobre isso no final de novembro, defendendo que a política precisa se reinventar. Nem o PSL de Bolsonaro, nem o Novo de Amoêdo, representam este novo caminho, define o deputado federal gaúcho do PP, Jerônimo Goergen, que participou do debate, onde também esteve o deputado federal Luiz Carlos Heinze eleito Senador pelo PP gaúcho. O Brasil precisa de um partido de direita que seja liberal na economia e conservador nos costumes, prega Goergen e o Movimento.Lideranças de esquerda, lideradas pelo PDT de Ciro Gomes, também pregam a necessidade de mudança na forma de fazer política. Falam em formar uma nova frente de esquerda sem o PT e suas práticas. Fala-se que FHC, Luciano Hulk, Luciano Hang, Paulo Skaf, Tasso Jereissati, Marcio França, Geraldo Alckmin pensam em criar novo partido de centro, sem os vícios fisiológicos dos atuais. A forma de fazer política vai, isso é certo. Que encontremos os caminhos.Por falar em forma de fazer política, Aderbal Neves Calmeto, secretário de Planejamento e Gestão da Prefeitura de Barbacena em Minas Gerais, postou uma avaliação sobre este processo político que vivemos nas últimas décadas, de hegemonia do PT.“Primeiro o PT jogou mulheres contra homens, acusando-os de machistas e misóginos, e os dividiu em dois grupos. Depois foram negros contra brancos, acusando-os de racistas e preconceituosos, e viraram quatro. Pobres contra ricos, acusando-os de elitistas e conservadores, e a divisão foi a oito grupos. Homo contra héteros, acusando-os de homofóbicos e covardes, e viraram dezesseis. Após, foram os filhos contra pais, e os empregados contra os patrões, sucessivamente. Aí ficou fácil dominar, pois ninguém já se entendia com mais ninguém. E a motivação para essa ação deliberada e criminosa se apresentava, com aparente inocência, pelo nome de “politicamente correto”. Agora, para retornarmos a ser um povo unido, vai levar gerações. O prejuízo é incalculável. Esse foi, sem sombra de dúvidas, o mais grave, dos crimes cometidos por Lula”, acusa Aderbal.Já escrevi sobre esse tema muitas vezes na coluna. Que Lula fez muitas coisas boas, poderia ter criado uma nova ordem mundial, a partir de politicas liberais no mercado com as ações sociais para a população de baixa renda. E Lula fez, mas fraquejou, se entregou à corrupção, e provocou a divisão do país pregando o ‘nós contra eles’ detalhado acima. E esse foi o seu maior malfeito, que vamos levar gerações para reparar.
Sérgio Klafke
A política precisa se reinventar
E cá estamos, findando 2018, um ano agitado, especialmente na política. A eleição presidencial nos mostrou que a forma de fazer política mudou e os partidos tradicionais não se deram conta disso. O Movimento Brasil Livre (MBL) promoveu em São Paulo um debate sobre isso no final de novembro, defendendo que a política precisa se […]
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