A votação do aumento do Fundão Eleitoral, na quinta da semana passada, dia 15, segue sendo assunto. A Câmara dos Deputados votou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que precisava ser aprovada para não engessar ações do governo. O relator, deputado Jucelino Filho (DEM-MA), mexeu no Fundão Eleitoral, propondo triplicar o valor de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 milhões, dentro da LDO. O deputado Marcelo Ramos (PL-AM) presidiu a sessão da votação da LDO. Bolsonaro o acusa de não ter aceitado votar em separado o aumento do Fundão. Ramos diz que ninguém pediu votação em separado. Na votação 278 aprovaram e 145 foram contra. A base do governo aprovou e a oposição rejeitou.
O presidente Bolsonaro tem o poder de sancionar ou vetar o aumento do Fundão. E ele já disse que vai vetar. Dai o veto vai para votação no Congresso, onde os deputados e senadores terão que se decidir nominalmente pelo sim ou não para triplicar de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões o dinheiro público que vai para campanha eleitoral em 2022.
Marcelo Moraes (PTB), que esteve em Venâncio na segunda, disse aqui na Folha que não participou da votação por ter viagem programada naquele dia. Como vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Moraes diz que vai aprovar o veto de Bolsonaro ao Fundão.
Heitor Schuch (PSB), nosso outro federal da região, votou contra a aprovação da LDO que continha o aumento do Fundão e me definiu sua posição ontem. “Eu acredito que o Presidente vetará para “aliviar” a pressão sobre os deputados e senadores que aprovaram a LDO. Propus reduzir o Fundão e a Dívida Pública para aumentar o valor do Salário mínimo. Espero que o governo, TSE e partidos definam um valor plausível, e, neste caso apoiarei o veto.”
Os bastidores do Congresso estão em polvorosa, um movimento quer ‘pelo menos’ duplicar para R$ 4 bilhões o Fundão. A conta que fazem é que para eleger prefeitos e vereadores em 2020, o Fundão foi de R$ 2 bilhões. Para eleger Presidente, Governador, Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual, querem mais.
