Estava projetada para ontem a definição do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ) em aceitar ou não o pedido de impeachment da presidente Dilma. Mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki deferiu pela manhã, de maneira liminar (provisória), o mandado de segurança feito pelo deputado do PT Wadih Damous (RJ) para suspender o rito de tramitação do impeachment definido por Cunha. Líderes da oposição decidiram então entrar com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar decisão de Teori.Eduardo Cunha diz que isso não interfere, mas anunciou que ficará para a próxima semana a sua decisão de aceitar ou não o pedido de processo de impeachment da Presidente Dilma.No Planalto, Dilma e todos os Ministros estão voltados para o assunto e tentam uma forma de entendimento com Cunha para que não aceite o pedido do processo de impeachment. Engrossando o tom, o Planalto ameaça: ou Cunha entra em acordo ou enfrentará uma guerra. Cunha responde: “O PT quer tirar o corpo fora e me colocar como o chefe do Petrolão”.Se Cunha deferir o pedido de impeachment, terá o apoio de 90% da população, disse ontem o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade-SP).Assim está o Brasil, numa brida da ‘sujeira contra a lama’, enquanto a projeção de encolhimento do PIB já bate na casa dos 3% para o ano e a inflação nos dois dígitos.