A Assembleia votou na terça, 20, o projeto de reestruturação do IPE Saúde. Servidores públicos e sindicatos bloquearam a entrada dos deputados na Assembleia e a Brigada Militar teve que abrir caminho. Na votação, no início da noite, a proposta do governo Eduardo Leite (PSDB) foi aprovada com 36 votos a favor e 16 contra, mostrando a unidade da base do governo no Legislativo.
O deputado Airton Artus (PDT), que é da base governista e votou pela aprovação, tinha apresentado emenda pela bancada do partido, sugerindo que o desconto total nos salários dos beneficiados – incluindo os dependentes – não ultrapasse os 12% para o IPE Saúde, favorecendo assim os servidores que ganham menos. A emenda foi aprovada. O desconto do servidor para o IPE para o atendimento de saúde passou de 3,1% do salário para 3,6%, retornando ao percentual aplicado até 2004.
O IPE Saúde teve déficit de R$ 440 milhões em 2022 e tem R$ 250 milhões em atraso com fornecedores com mais de 60 dias, divulgou o governo. Era preciso tomar alguma atitude.
Foi a primeira votação polêmica na Assembleia nesta legislatura. Perguntei à Airton como foi o clima na AL. “De muita pressão”, me respondeu ele, acrescentando que erra preciso reestruturar o IPE Saúde para que os servidores e seus dependentes tenham continuidade de garantia de atendimento.