As pesquisas indicavam e as urnas confirmaram no domingo Jair Bolsonaro (PSL) eleito Presidente da República. O capitão da reserva do Exército, conservador e contestador deputado federal carioca de sexto mandato, faz história. Sem partido de expressão, sem coligações, sem tempo de rádio e TV, sem dinheiro de fundo partidário, se lançou candidato a Presidente contra poderosos lideres, com muito dinheiro e apoios políticos. Bolsonaro andou pelo pais e viu que o povo queria mudança, estava farto da corrupção. O movimento das ruas de 2013 e 2014, que derrubou a Presidente Dilma Rousseff em 2016, mostrou isso. Faltava apenas aparecer alguém que desse esperança dessa mudança e foi Bolsonaro que se apresentou e foi escolhido, primeiro por alguns, depois pelo movimento das ruas e domingo por 57,7 milhões de votos.Depois da facada que levou de um militante da esquerda em Minas, ainda no primeiro turno e que lhe provocou ferimento quase mortal no abdômen, ele fez campanha do hospital e depois de casa, com um celular fazendo ‘lives” pelas redes sociais. Ganhou a eleição com 10 milhões de votos de diferença – 57,7 milhões (55,13%) contra 47 milhões (44,87%) – derrotando a máquina de fazer política do PT, que teve Fernando Haddad como candidato, ungido pelo ex-presidente Lula que cumpre pena por corrupção.Bolsonaro assume um país dividido e prometeu ser o Presidente de todos. Disse isso com uma Bíblia e a Constituição na mão, que vai governar pelos mandamentos de Deus, com democracia e pela Lei. Que assim seja.
