Virou polêmica nas redes sociais a decisão da Câmara de Vereadores em reduzir a exigência do nível de escolaridade para nomear assessores. Até o ano passado era exigido ensino médio (o segundo grau). No início deste ano, em sessão extraordinária, a exigência foi baixada para 6ª ou 7ª série. Agora o assunto voltou à pauta para baixar ainda mais a exigência para ensino fundamental incompleto. Alguém que foi só no primeiro ano na aula agora pode ser nomeado assessor de vereador, ganhando salário de R$ 1,5 mil.
Na votação, Paulo Mathias Ferreira, José Ademar Melchior e Adelânio Ruppenthal todos do PMDB, mais Marcolino Coutinho Celso Kramer do PTB e Wilson Puthin do PP, votaram a favor aprovando a matéria. Votaram contra Hélio Artus e João Schimuneck do PDT, Izaura Landim do PP e Nilson Lehmen do PMDB. Como a matéria foi aprovada, estes quatro devem sentir-se desautorizados a contratar assessores que não tenham o ensino médio completo. Os seis que aprovaram terão que explicar muitas vezes a sua decisão.
O assunto virou hit nas redes sociais, onde as pessoas opinam de forma instantânea sobre o que acontece na cidade. E o ‘pau´ pegou na decisão.
Tenho uma análise um pouco mais ampla da questão. Concordo que os servidores públicos devam ter grau de instrução, mesmo que Lula tenha sido eleito duas vezes Presidente da República só o primário e fez bons governos. Mas quem aprovou a lei tem razões que expõe uma outra realidade. Não sei se foi para resolver casos específicos de algum ou alguns vereadores, mas os que tem sua base no interior, podem ter pessoas de sua confiança e que fazem um bom trabalho, mas não tem escolaridade.