O final de semana foi de novas manifestações populares em Brasília, contra o Congresso e o STF, que tem agido para barrar ações do governo Bolsonaro. O presidente foi ao Planalto agradecer o apoio, e foi ‘ripado’ pela imprensa e pelos adversários por isso.
Duas pesquisas divulgadas no final de semana mostram quer apesar de todo esse ‘bombardeio’ incessante da grande imprensa ecoando oposição e instituições ideológicas, Bolsonaro continua com forte apoio popular. Era a leitura que eu tinha, e que se confirma.
O Jornal Nacional mostrou pesquisa do DataFolha. Dos quase 58 milhões de eleitores de Bolsonarro, 83% reafirmam seu voto e 17% se arrependeu. O JN deu destaque só as respostas dos 17% que se arrependeram, deixando clara sua ‘cruzada’ contra o Presidente.
A Paraná Pesquisas fez um exercício para a eleição de 2022. Bolsonaro lidera a preferência do eleitorado com 27% das intenções de voto. Moro tem 18,1% e Haddad 14,1% e Ciro Gomes 10,3%. Depois vem Huck 6%, Amoêdo 4%, Doria 3,7%, Boulos 1,2% e Witsel 1%.
Os números mostram que apesar do ataque cerrado da imprensa, das instituições e dos adversários políticos, Bolsonaro segue com forte apoio dos brasileiros. Na manifestação popular no Planalto, Bolsonaro disse ter chegado ao ‘limite’ e que não vai mais tolerar interferência no governo, referindo-se ao STF e Congresso, que estão ‘engessando’ o governo. Bolsonaro disse que não fará nada fora da Constituição e que tem apoio das Forças Armadas. Uma manifestação de múltiplas interpretações.
Vem aí dias de ataques extremos do ‘establishment’ (oposição, imprensa, ‘intelectuais’, ‘artistas’, ‘especialistas’ e líderes ideológicos de instituições) ao Presidente, para forçar a queda do governo que não lhes interessa, podem anotar. Penso ser difícil um impeachment de cima para baixo. Dias tensos, em meio a uma pandemia de coronavírus.
Notinhas
* Demissão de CC indicado na Prefeitura pelo vereador Zé da Rosa (Republicanos), depois do vereador ter votado contra o projeto do empréstimo de R$ 14 milhões para aplicar na iluminação pública, deixa a bancada governista só com cinco dos 15 vereadores. O presidente do Republicanos, Benildo Soares, CC na Prefeitura, diz que o partido segue com o governo.
* Para um governo que teve 12 vereadores ao seu lado em 2018, algo de muito errado aconteceu. E não é difícil de identificar. A proteção à Duda Kappel fez desmoronar a bancada governista.
* Deputado federal Heitor Schuch (PSB), o mais votado em Venâncio, comunicou nesta semana ao prefeito Giovane Wickert (PSB) o pagamento de emenda parlamentar de R$ 420 mil para aplicação no custeio da saúde. Em seis anos de mandato Schuch diz já ter destinado R$ 2,6 milhões em emendas para a saúde em Venâncio. Ótimo.
* Petrobras aumentou gasolina em 12% nas refinarias. Preço do diesel não aumenta.
Do Twitter
* UOL: Em depoimento, Moro disse que não acusou Bolsonaro de crime.
* Veja: Oposição planeja ‘live’ com artistas para pedir impeachment de Bolsonaro.
* Exame: Impeachment de Bolsonaro tem apenas 25% de chance, diz relatório da Eurasia.
* Estadão: Temer diz ligou para Bolsonaro e sugeriu quarentena e fim de entrevistas coletivas diárias.
* Crusoé: “Forças Armadas estarão sempre ao lado da lei”, diz ministro da Defesa.
* Germano Rigotto: Acredito ser muito boa a proposta do Ministro Marco Aurélio de mudança no regimento interno do STF para que decisões envolvendo outros poderes sejam tomadas pelo plenário não mais decisões individuais (monocráticas).
* Rolando Souza: Achar que o traficante da esquina é mais perigoso que o político corrupto é uma falácia.
* Rosane Oliveira: Em oito horas de depoimento, Moro faz valer o clichê: a montanha pariu um rato.
