Campanhas com pouco dinheiro

Lembro de campanhas eleitorais, nos tempos em que empresas podiam fazer doações, com candidato a prefeito com R$ 500 mil para gastar em Venâncio. A legislação foi sendo modificada, entendo que aperfeiçoada, proibiu as doações de empresas, que depois cobravam dos governos, limitou as doações físicas, mas criou o Fundão bilionário com dinheiro público para financiar as campanhas.
Em Venâncio as últimas prestações de contas foram de Giovane, dia 27 de outubro, e Jarbas, dia 31 de outubro. Cada um pode gastar até R$ 299,4 mil na campanha, mas estão longe disso até aqui.

Conta                   Giovane Wickert (PSB)            Jarbas da Rosa (PDT)
Receitas               R$ 204,2 mil                           R$ 61,3 mil
Em dinheiro         R$ 154,9 mil                            R$ 45 mil
Despesas             R$ 67,2 mil                             R$ 22,2 mil

A campanha de Giovane tem dinheiro do Fundo Especial, o Fundão, via partidos. São R$ 140 mil do PSB e R$ 14,9 mil do PTB. O restante são declarados como recebíveis, que são registros de prestação de serviços por correligionários.
A campanha de Jarbas tem R$ 45 mil em dinheiro, dos quais ele colocou R$ 25 mil. O restante é de partidários que doaram. Jarbas não tem dinheiro do Fundão, via partidos.
Até por estes balanços Jarbas tem repetido que faz uma campanha da simplicidade, sem muito dinheiro, mas de compromissos com a comunidade, propondo uma mudança. E as pesquisas Mehodus, pela intenção de voto, mostram que a proposta de Jarbas é bem recebida
Giovane tem um governo feito, uma proposta de continuidade, um discurso forte, mais dinheiro, mas a intenção de voto nas pesquisas Methodus mostram que isso não está convencendo o eleitor.
Faltam 10 dias para a eleição do dia 15.

Notinhas

* Audiência da Justiça Eleitoral, realizada na terça, para ouvir as partes sobre as receitas que o candidato a prefeito Jarbas da Rosa (PDT) teria assinado depois de se licenciar como médico no posto de Saúde do bairro Coronel Brito, indeferiu o pedido de impugnação da candidatura dele feita pela coligação do prefeito e candidato à reeleição Giovane Wickert (PSB). Os indícios são de falsificação das receitas, citou o juiz João Goulart Borges, que encaminhou o material para a Polícia Federal.

* Em vídeo divulgado em rede social, Giovane não se dá por vencido, defende que a ação não terminou, que as receitas viraram caso de Polícia Federal, que vai investigar para comprovar a denúncia de que Jarbas deu receitas depois de se afastar do cargo.

* Jarbas diz que não é do seu caráter fazer uma coisa dessas e que vai até o fim na Polícia Federal para saber e punir quem falsificou as receitas, rasurando as datas, e quem mandou fazer isso.

* Desde o final de semana a campanha de Jarbas está intensificando sua presença visual nas ruas. Militantes com bandeiras no centro, caminhadas dos candidatos pelos bairros, sedes distritais e localidades do interior. A campanha de Giovane já tinha começado antes. É a reta final.

* O Juiz Eleitoral João Goulart Borges também referendou o parecer do Promotor Eleitoral João Beltrame sobre o pedido de impugnação da pesquisa Methodus, que saiu na Folha do Mate dia 24 de outubro, solicitação feita pela coligação de Giovane Wickert (PSB). Por inexistência de ilícitos comprovados na pesquisa, o juiz indeferiu o pedido e mandou arquivar a ação.

* Instituto Methodus fez a segunda pesquisa eleitoral em Lajeado, para o jornal A Hora. O prefeito Marcelo Caumo (PP) subiu de 37,2% na primeira para 53,7% agora. Márcia Scherer (MDB) caiu de 23,2% para 18,1%. Daniel Fontana (PSB) caiu de 7,1% para 5,6%. O indicativo é de que o prefeito Caumo se reeleja, até com folga.



Sérgio Luiz Klafke

Sérgio Luiz Klafke

Diretor de Conteúdo e colunista da Folha do Mate

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