Passada a eleição de prefeitos e vereadores em 2020, os olhos políticos se voltam para a eleição de 2022, onde vamos escolher presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais.
Em Venâncio o ex-prefeito Airton Artus (PDT) já confirmou que será novamente candidato a deputado estadual em 2022. Ele não se elegeu por 199 votos em 2018, quando fez 24.408 votos. Primeiro suplente, atua como Coordenador da Bancada do PDT na Assembleia, bem familiarizado com os trâmites legislativos do parlamento gaúcho, se diz preparado para ser deputado.
O ex-prefeito Giovane Wickert (PSB), que encerrou seu mandato de prefeito não reeleito, assume cargo no Governo do estado, anunciado nesta semana, e também deve ser candidato a deputado estadual novamente. Wickert concorreu em 2014 como vice-prefeito pelo PT e fez 22.260 votos. Agora no PSB, entre assessoria do deputado federal Heitor Schuch ou do estadual Dalcísio Olveira, ambos do PSB, ou uma secretaria numa prefeitura em cidade que ele não revela, Wickert preferiu assumir como secretário estadual Adjunto de Obras de Habitação. Assim vai saber de todas as obras do governo e viajar o estado todo. Uma baita oportunidade de fazer base para votos em 2022. Giovane é aposta forte do PSB gaúcho.
PTB
O ex-vice-prefeito Celso Krämer, presidente do PTB, disse no Terra em Meia Hora que o partido terá candidato a deputado também. Em 2018 quando viu sua votação para deputado estadual em Venâncio encolher pela metade, de 9,2 mil votos em 2014 para 5,3 mil, Krämer disse que não concorreria mais. Com isso as especulações apontam para nomes como Arnildo Câmara, vereador não reeleito que agora é assessor do deputado federal Marcelo Moraes, ou o vereador reeleito, Ezequiel Stahl, ou os suplentes eleitos André Kauffmann, Renato Golmann e Clecio Espindola, o Galo. Mas fonte do partido me garante que não será nenhum deles, será novamente Celso Krämer.
O PTB vive um ‘racha’ interno desde que Celso Krämer ‘brigou’, novamente, com o deputado federal do partido Marcelo Moraes, de Santa Cruz, que destina milhões em emendas parlamentares para Venâncio. Krämer agora ‘se abraçou’ ao federal Maurício Dziedrick, de Porto Alegre, com os vereadores Renato Golmann, Clecio Espíndola, o Galo, e Diego Wolschick. Os vereadores Ezequiel Stahl e André Kauffmann e o ex -vereador Arnildo Câmara seguem apoiando Marcelo Moraes.
Artus, Wickert e Krämer vão medir força política em 2022?. Teremos mais algum candidato? Nas últimas duas eleições tivemos quatro candidatos em cada uma. E ninguém se elegeu.
Asfalto novo em Linha Travessa
Nesta semana começou a ser colocada a camada asfáltica na estrada que liga o asfalto para Santa Emília com o asfalto da estrada Venâncio – Vila Palanque, em Linha Travessa. Chamado de Travessão Rüdiger, o trecho de 1,3 km é usado pela frota de caminhões do frigorífico Kroth para acessar a RSC-453.
A moradora do local Fernanda Konrad Wager fez uma publicação em rede social, onde mostra o início das obras e a alegria da sua filha Nicole, de 3 anos e 8 meses, com o asfalto na frente de casa. “Nosso tão esperado asfalto está na reta final…. chegando, #gratidão”, postou Fernanda com o marido Pingo Wagner, marcando o ex-prefeito Giovane Wickert (PSB) que projetou e encaminhou a obra que está sendo realizada agora com custode R$ 1,7 milhão.
Giovane respondeu: “Fico feliz por essa obra tão importante. Sei da luta da comunidade da Linha Travessa. A comunidade merece.”
Enquanto isso outros moradores de Linha Travessa lamentam o estado de decomposição do asfalto da estrada Venâncio – Palanque, a VRS-816, que passa na localidade, como mostrou reportagem na Folha de quinta. O asfalto feito em 1990, tem 30 anos e está se desmanchando. Precisaria se recapeado, mas tem recebido só tapa-buracos, de vez em quando.
Vida difícil
Entre muitos cumprimentos e elogios de correlegionários e amigos que vi e ouvi ao ex-prefeito Giovane Wickert (PSB) nas redes sociais por assumir o cargo de secretario estadual Adjunto de Obras e Habitação, também vi e ouvi ‘alfinetadas’. Uma delas de que Giovane não entregou nenhuma unidade habitacional nova em Venâncio nos seus quatro anos de governo e foi convidado pelo governador Eduardo Leite para gerenciar essa área no estado.
Outra, sarcástica, de que o cargo é reconhecimento pela construção de um banheiro público e a reforma da Prefeitura em tempo recorde.
Vida de político não é fácil.
Tem que gostar.
E ter estômago.
Não dá voto
Numa conversa com o presidente da Câmara de Vereadores Tiago Quintana (PDT), nesta semana, ele falava da redução do orçamento do Legislativo em R$ 1,3 milhão para 2021, por solicitação da presidente do ano passado, Helena da Rosa (MDB). Com isso, acaba a ‘vitrine’ criada para presidentes do Legislativo montarem ‘palanque político’ a cada repasse de dinheiro sobrado na Câmara para a Prefeitura, indicando obras a serem feitas e das quais se colocavam como ‘padrinhos’. Sempre entendi que não era esse o papel do presidente do Legislativo.
Na conversa, Tiago fez uma obervação interessante. “Isso não dá voto”, me disse ele e citou o caso dos quatro presidentes da Legislatura anterior. Todos reduziram votação. Gilberto dos Santos (MDB) fez menos da metade dos votos que fizera na eleição anterior; e Sandra Wagner (PSB) fez a metade, mas ambos se reelegeram. Duda Kappel (PL) fez um terço dos votos que fizera na eleição anterior e não se reelegeu, assim como Helena da Rosa (MDB), que também reduziu votação e não se reelegeu.
As árvores
Nestes dias de chuva caíram árvores nos passeios públicos na cidade. Chama atenção o estado em que ficam árvores plantadas sob a rede elétrica da RGE. A poda drásica para manter os fios livres, mutila as árvores. No Acesso Leopoldina várias tipuanas que recebem poda drástica, estão ‘penduradas’ sobre o asfalto. Mais dia, menos dia, vão cair sobre a pista e podem provocar tragédia.
As rodovias
A Folha tem mostrado reportagens das rodovias RSC-287 e RSC-453 que passam por Venâncio e a precariedade do asfalto pedagiado, agravado nos dias de chuva em janeiro. Um leitor me observa que os ‘borrachudos’ que espremem a camada asfáltica para a lateral e o meio da pista são fruto de serviço mal feito na rodovia, mas também pode ser por excesso de peso nos caminhões, pois as balanças de pesagem nas estradas foram abandonadas faz tempo. Fui ver a legislação. As carretas podem carregar até 45 toneladas, os bitrens 57 toneladas e os rodotrens até 74 toneladas. O Brasil tem 60% do transporte rodoviário, 20,7% ferroviário e 13,6% hidroviário.
Os valores
Vi nos últimos dias dois assuntos na cidade que repercutiram muito nas redes sociais e que geram polêmica.
Depois do último Gre-Nal o cônsul colorado Roberto Brixius foi agredido por gremistas na frente da sede dos colorados. Roberto teve uma mão quebrada e o rosto deformado por socos, chutes e pontapés. A Brigada interveio e ficou por isso. Ninguém foi preso.
Nesta semana um homem atingiu um cachorro com uma enxadada no bairro Gressler, alegando que se defendeu pois o cão o estava atacando. A Brigada foi lá e prendeu o homem por ter agredido o cachorro, que andava com seu dono, mas solto na rua. Se condenado, o homem pode pegar até cinco anos de prisão.
Que leis são essas?
Cada um faça o seu juízo de valor.
Notinhas
* Prefeito Jarbas e a vice Izaura apresentaram ontem a tarde o slogan de governo e falaram sobre os primeiros 30 dias de governo. A coordenadora de Comunicação, jornalista Daiana Nervo, fez a apresentação gráfica das peças criadas pela agência Engenho de Ideias, de Porto Alegre, que atende a prefeitura desde o governo Airton.
“Prefeitura de Venâncio. Tua vida melhor”, é o slogan. Como disse Jarbas, retrata exatamente o que o seu governo quer fazer, tornar a vida das pessoas melhor.
* O Procurador Geral de República, Augusto Aras, anunciou o fim da Lava Jato em Curitiba. Diz que a equipe de Procuradores vai seguir as investigações, mas agora no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Na verdade, Aras ‘enterra’ a Lava Jato, a maior operação contra a corrupção com dinheiro público que se tem conhecimento na história.
* Tenho visto a grande imprensa traçar, repetidamente, comparativos diretos de vacinação entre o Brasil. que vacinou pouco mais de 1% da sua população e Israel, que já vacinou um terço da população. Fui ver como são os dois países. Israel, um país desenvolvido, de alta tecnologia, tem 22 mil km2 de território e 8,8 milhões de habitantes. Para se ter uma ideia melhor, o RS tem 281 mil km2 de área, é 12 vezes maior que Israel e somos 11,2 milhões de gaúchos. O Brasil tem 8,5 milhões de km2 e 210 milhões de habitantes. É comparar uma formiga e um elefante. O jornalismo de dados precisa ser mais inteligente do que este que estamos vendo.
Esportivas
* Na rodada do Brasileiro, o Grêmio empatou em 3 a 3 com o Santos, na Arena, e marca passo em 7º, com 53 pontos. O Inter empatou em 0 a 0 com o Athletico no Paraná e se mantém lider, com 66 pontos. O Flamengo, com 64, encosta.
* Na próxima rodada o Grêmio joga com o lanterna, Botafogo, no Rio, segunda às 20h. O Inter no Beira Rio contra o Sport, na quarta, às 19h. Faltam quatro rodadas.
* A Assoeva, depois de Valdin, garante a permanência do também veterano capitão Boni para a temporada. Os dois serão importantes para os jovens que estarão no time.
Do Twitter
* IstoÉ: Indicado por Lula, Haddad aceita ser candidato à Presidência em 2022
* O Globo: Com Haddad, Lula reduz pressão sobre STF e prepara terreno para não disputar eleição
* CNN: Força-tarefa da Lava Jato deixa de existir no Paraná
* Estadão: Após dissolver Lava Jato, Aras diz que força-tarefa só mudou de nome
* Extra: PF vai investigar megavazamento de dados pessoais de milhões de brasileiros
* O Globo: Lira e Pacheco preveem aprovação de reforma tributária até outubro
* Crusoé: Bolsonaro promete mudanças na legislação de combustíveis e de armas.
* Folha S. Paulo: Bolsonaro cobra de Lira e Pacheco propostas sobre armas e de autorização para policial matar em serviço
* Bolsonaro: Não é fácil reconstruir um país destruído ao longo de décadas, ainda mais quando quem deveria ter trabalhado ao nosso lado para levar adiante o projeto escolhido nas urnas em 2018 decidiu, de forma egoísta, sabotar o próprio país e o próprio povo, mesmo em meio a uma pandemia.