Quem participou da palestra “China – desafios e oportunidades”, realizada na quarta-feira, no plenário Vicente Schuck, da Câmara de Vereadores, recebeu uma verdadeira aula sobre a história, o papel da nação asiática no mundo contemporâneo e a importância de o Brasil estreitar os laços com a milenar potência oriental, que tem 1,4 bilhão de habitantes. Promovida pela Administração Municipal de Venâncio Aires, a palestra do profissional de marketing, geógrafo, professor e editor da revista “Negócios com o Brasil”, Vladimir Pomar, – que conhece a China desde 1997 -, serviu para ampliar horizontes políticos e econômicos. “Não devemos pensar em China como um todo. Os patamares de população e consumo são estratosféricos. Venâncio Aires deve iniciar uma aproximação com uma cidade-irmã e estabelecer políticas para desenvolvimento bilateral”, ensinou Pomar. Aqui na Folha, Pomar disse que indicaria a cidade de Dalian, na província de Liaoning, no leste da China, no Mar de Bohai.A China está investindo mais de R$ 50 bilhões no Brasil e vai construir uma estrada de ferro transoceânica – Atlântico – Pacífico – até o Peru, para transportar alimentos que vai comprar do Brasil e trazer manufaturas. Faz a mesma coisa na Europa, com a reconstrução da Rota da Seda das viagens de Marco Polo, agora no século XXI, ligando o leste da China até Madrid na Espanha, com uma estrada de ferro, numa extensão de incríveis 13 mil km, para comprar produtos e levar manufaturas.O país, cuja economia é uma das que que mais cresce no planeta, está se direcionando para aumentar o consumo interno – como fizeram Lula e Dilma no Brasil -, para enfrentar o recuco do seu crescimento, que era de dois dígitos – chegou até 14% ao ano – e que baixou para ‘só’ 7% ao ano. Que na China consigam projetar melhor do que aqui está estratégia. No Brasil acelerou o crescimento, mas endividou as pessoas. Hoje vivemos uma inadimplência galopante e economia em queda brusca.
Os chineses, que viviam mais de grãos como arroz, soja e milho, agora querem comprar carne, leite e frutas. Por isso estes movimentos de investimentos altos e busca por mercados fornecedores.
O que me chamou atenção na palestra foi o sistema chinês, onde o Partido Comunista, controla tudo, governo e economia. Pomar disse que se for uma comitiva só de empresários terá dificuldades em negociar com a China. é preciso que prefeitos estejam presentes, pois lá, em todas as cidades, são os prefeitos que dirigem também a economia e fazem negócios. São superprefeitos, ligados ao partido que comanda o país e dita as regras.


 
											 
			
		