Ao enviar sua coluna ontem, Selvino anexou cinco notas extras de bastidores da capital federal.

1. Bateu definitivamente a secura por aqui. Calor e baixa umidade relativa do ar. Esta semana, nas escolas, as crianças são orientadas a não fazer exercícios debaixo do sol, e assim por diante. Mais um pouco e até as aulas são suspensas. E dê-lhe água, muita água, ou chimarrão. Ainda bem que venho pro sul no fim de semana.

2. Encontrei o ministro Padilha na sua ginástica matinal e perguntei sobre as eleições em São Paulo. Confirma que está havendo uma virada, embora ainda não definitiva. Como eu previa desde o início do ano, tudo indica que Serra não vai para o segundo turno. E cresce muito o Russomano, do pequeno PRB. Não vai ser fácil o Haddad ganhar dele no segundo turno, se de fato der segundo turno entre Haddad e Russomano.

3. O clima por aqui, em setores do governo mais próximos a Zé Dirceu, Genoíno, João Paulo e outros, não está muito bom em relação ao julgamento no STF. Não há sinais de que o linha até agora adotada pelos ministros do Supremo vá mudar. Há preocupação, inclusive, com a situação pessoal de alguns, tipo Genoíno, muito emotivo e com dificuldades de assimilar tudo que está acontecendo. Mas há ainda muito chão pela frente. é como em futebol e política. Nada está decidido enquanto não for dado o último voto ou chute.

4. A conversa maior nos corredores do Palácio do Planalto foi a resposta da presidenta Dilma ao artigo do Fernando Henrique Cardoso domingo em diferentes jornais, inclusive ZH. A presidenta foi dura e ao mesmo tempo elegante. E Lula gostou muito da atitude de Dilma.

5. Finalmente, Dilma gravou para Haddad e Patrus, eleições de São Paulo e BH, ambas muito encardidas. Mas ela não irá muito além disso no primeiro turno. Segundo turno, é outra conversa.