A Câmara de Vereadores vive um momento polêmico. Já viveu muitos outros. E ainda viverá outros tantos. O suplente do Republicanos, Jerri Adriano dos Santos, assumiu a cadeira do titular Benildo Soares em dezembro e exonerou o assessor de Soares, Robson Parabôa, alegando que ele não cumpria horário no Legislativo. Soares, que tinha se licenciado para tratar da saúde, antecipou sua volta, e ainda em dezembro, reassumiu a cadeira, sem comunicar o suplente, para que o Robson não fosse exonerado. Isso desgostou várias pessoas no partido, inclusive o presidente Edson Volnei dos Santos.
A polêmica no Republicanos aconteceu na troca de presidência, quando Gerson Ruppenthal (PDT) saiu e Claidir Kerkhoff Trindade assumiu. E Claidir se manifestou em artigo publicado na edição de terça, 9, na Folha, onde ela diz que não é preciso passar um ‘pente-fino’ na Câmara, mas sim ter ordem e trabalho para colocar tudo nos seus devidos lugares.
Existe relógio de ponto na Câmara, mas foi aprovada uma mudança permitindo que os assessores não batam ponto e o vereador abone com um memorando, explicando a ausência, pois muitas vezes o assessor tem compromissos fora do Legislativo, como defendeu Soares. E como me argumenta o vereador Elígio Weschenfelder, o Muchila (PSB), citando que faz vídeos externos e algumas vezes isso passa do horário da Câmara e o assessor não consegue bater o ponto, que ele justifica com memorando.
Na teoria um bom sistema, mas sabemos que na prática não é assim. O próprio Robson disse que não tem como cumprir horário na Câmara, pois trabalha na sua empresa e denunciou que outros assessores também fazem trabalho particular fora do Legislativo em horário de expediente. Isso fez o vereador André Kaufmann (PTB) ingressar com pedido de informações sobre o ponto de todos os assessores do Legislativo para esclarecer tudo isso.
Claidir vai propor que seja modificada a decisão dos memorandos, que permitem a justificativa legal, mas que permite também os desvios de função, como denunciado. Claidir diz que vai trabalhar forte para corrigir esta situação e para que não se repitam outros fatos que marcaram negativamente a Câmara nos últimos anos.
A comunidade espera e apoia isso.
Norberto Froemming quer desistir da promessa
Num supermercado da cidade, encontrei dia desses ‘seu’ Norberto Froemming, com seus 83 anos. Ele é natural da antiga ‘Vila Melos”, hoje município de Vale Verde, e trabalhou a vida inteira com tabaco em Venâncio, na antiga Fumossul na Coronel Agra, que ele ajudou a construir e que hoje é sede da Alliance One Tabacos. Quando foi anunciado que sairia o asfalto da ERS-244, ligando Venâncio Aires a Vale Verde, a partir do entroncamento da RSC-287 com a RSC-453, ele me procurou para dizer que estava tão satisfeito que prometeu fazer o trecho caminhando os 16 km de Venâncio até Vale Verde quando o asfalto estivesse pronto. Isso virou reportagem da Folha e muitos se prontificaram a caminhar com ele, como o ex-prefeito Giovane Wickert, que lidera a Comissão que reivindica este asfalto. As obras começaram em junho de 2022 – vai fazer dois anos agora em julho – e andam em ritmo lento. Na conversa no super, Norberto me disse: “Klafke, acho vou retirar minha promessa, pois pelo jeito que andam as obras, essa estrada vai demorar 10 anos para ficar pronta e até lá eu não sei se ainda vou poder caminhar até Vale Verde”.
A preocupação de Norberto faz sentido. As obras da Pelotense andam em ritmo lento, quase parando. Parece que só para manter o contrato. Vamos buscar informações sobre o que está acontecendo. Agora que recomeçaram as obras na estrada, não podemos deixar parar novamente.
Emendas de Heitor Schuch
Deputado federal Heitor Schuch (PSB) anunciou na sexta,5, R$ 2.175 milhões em emendas parlamentares para Venâncio no orçamento da União em 2024. Um recorde histórico. E no mesmo dia ele anunciou uma emenda de R$ 4 milhões para o hospital Santa Cruz, gerido pela Unisc, que vai construir um novo prédio para a faculdade e de medicina. Depois anunciou no gabinete da prefeita Helena Hermany (PP) mais R$ 4,2 milhões para as áreas da saúde, segurança, esporte e cultura, somando R$ 8,2 milhões em emendas parlamentares para o seu município de origem.
Schuch fez 9.067 votos em Venâncio com 53 mil eleitores. Foi a sua maior votação entre todos os municípios. Em Santa Cruz, com 105 mil eleitores, fez 7.668 votos. Por estes números penso que Venâncio poderia ter sido melhor contemplada pelo deputado. Mas é preciso citar que é o deputado que mais destina emendas para Venâncio.
Fica a expectativa sobre as emendas de Marcelo Moraes (PL), que também tem destinado na casa de R$ 2 milhões anuais em emendas parlamentares para Venâncio. Ele fez 26.010 votos em Santa Cruz e 6.514 em Venâncio.
Do X
- Folha S. Paulo: Lula diz que ‘perdão soaria como impunidade’ e que ato do 8/1 marca vitória da democracia.
- O Globo: Ex-aliado de Lula, Ciro Gomes diz que 8/1 é explorado politicamente e alfineta: ‘Igualmente desonesto’
- Gazeta do Povo: Presidente do PL defende que julgamentos dos atos de 8/1 sejam anulados após fala de Moraes
Poder 360: Só 18,8% acham que 8 de Janeiro foi para dar um golpe - Estadão: PT planeja atos para relembrar golpe de 1964 que deu início à ditadura militar no Brasil
- CNN: Refinaria da Petrobras foi vendida abaixo do preço de mercado para árabes durante gestão Bolsonaro, aponta CGU
- Revista Oeste: Ibama: 95% dos servidores desistem de ação de fiscalização na Amazônia por ‘abandono’ do governo Lula
- Lula: Todos aqueles que financiaram, planejaram e executaram a tentativa de golpe devem ser exemplarmente punidos. Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra seu país e contra o seu próprio povo. O perdão soaria como impunidade. E a impunidade, como salvo conduto para novos atos terroristas.
- Luiz Carlos Heinze: Conspiração, ameaças, terrorismo e regulação das redes. Esses foram os temas do “ato democrático” protagonizado por Lula e STF. O tom foi para amedrontar a população, como se estivéssemos na iminência de uma guerra civil.