Esta é a pergunta que mais se houve nesta semana de bandeira preta, com as portas do comércio fechadas. O governador Eduardo Leite (PSDB), diante da situação de descontrole da pandemia da Covid, decretou bandeira preta para esta semana, determinando a redução de atividades, mantendo em funcionamento o que é considerado essencial, uma classificação que também gera muita discussão. E, provavelmente, vamos seguir em bandeira preta na próxima semana, com a propósito de baixar a circulação do vírus, pois todas as UTI’s estão lotadas no RS e o número de casos cresce a cada dia.
Com o fechamento do comércio, a pergunta é como pagar as contas com as portas fechadas, sem vendas? Salários, aluguel, água, luz, telefone, impostos etc.
O presidente da Câmara de Vereadores, Tiago Quintana (PDT), articulou uma reunião na terça-feira, 2, com Vilmar Oliveira, industrial presidente da Caciva; Airton Bade, lojista vice-presidente de Comércio; o secretário municipal do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, vereador Nelsoir Battisti (PSD), representando o prefeito Jarbas da Rosa (PDT); a Procuradora Jurídica da Prefeitura, Gisele Spies Chitolina; o Promotor Público, Fernando Buttini; mais o setor de fiscalização da Prefeitura, os vereadores Ricardo Landim (PSL), Ezequiel Stahl e Renato Gollmann (PTB), Sandra Wagner e Elígio Weschenfelder (PSB) e alguns empresários dos setores de comércio e serviços.
Os empresários ressaltaram as dificuldades econômicas e pediram ajuda da prefeitura, vereadores e promotoria para que os representem em suas esferas estaduais, mostrando o risco de fechamento de empresas e demissões em massa caso não ocorra uma flexibilização. E estes lojistas não querem atender normalmente, mas entendem que em número reduzido de clientes podem continuar em atividade. Há uma preocupação muito grande com os salários de fevereiro, que devem ser pagos nesta sexta-feira, 5. Equilibrar ações entre a saúde e a atividade econômica, tem sido o grande desafio para as autoridades na pandemia.
Da Prefeitura para o Postão
Gerou repercussão nacional a atitude do prefeito de Venâncio, Jarbas da Rosa (PDT), por ter atuado como médico no Posto de Saúde do Bairro Gressler na noite de segunda-feira,1º. Diante da falta do médico do plantão noturno, Jarbas solicitou autorização do Ministério Público para atuar voluntariamente depois do expediente na Prefeitura, em substituição ao médico que não veio.
A atitude de Jarbas rendeu muitos elogios. Mas não foi por isso que ele tomou a atitude, foi pela necessidade e pela ética médica. “Estamos numa guerra. Na guerra não se colhe frutos, se colhe vidas”, me disse o prefeito na terça. Atitude humanitária. Jarbas é médico comunitário.
Do Twitter
* UOL: Com pandemia, PIB do Brasil cai 4,1% em 2020, o pior desde 1996
* GZH: Padre é preso após cometer assaltos em três estabelecimentos de Passo Fundo
* Folha S. Paulo: ‘Não errei nenhuma’, diz Bolsonaro ao insistir em tratamento precoce e em críticas a isolamento
* Estadão: Mourão diz não ver ‘lockdown nacional’ como melhor estratégia: ‘Não somos ditadura’
* CNN: O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a demissão de Roberto Castello Branco da presidência da Petrobras foi uma “satisfação política” que Jair Bolsonaro deu aos caminhoneiros, grupo de apoiadores do presidente
* Cristian Deves: Não é hora de reclamar, não é hora de ficar chateado e nem aborrecido, não é hora de mandar os outros capinar, é hora de ajudar uns aos outros, é hora de unir a população e encontrar as falhas que estão ocorrendo, para entrarmos nos trilhos novamente…..