Deputado Busato entrega emenda de R$ 500 mil ao hospital

O deputado federal Luiz Carlos Busato, presidente do União Brasil no RS, esteve na quinta, 26, em Venâncio Aires. Veio entregar, pessoalmente, uma emenda de R$ 500 mil ao hospital São Sebastião Mártir. Em visita aqui na Folha e Terra FM, Busato, que foi prefeito de Canoas e está no quarto mandato de deputado federal, contou das muitas visitas que recebe em seu gabinete em Brasília de dirigentes e lideranças políticas dos municípios gaúchos buscando recursos para os hospitais, que estão todos na mesma situação, de déficit de operações.
Busato esteve acompanhado do presidente do União Brasil em Venâncio, Airton Mota, do delegado de Polícia Vinícius Lourenço de Assunção, que atuou em Venâncio e neste ano foi transferido para Lajeado, mas segue morando em Venâncio. Vinícius é pré-candidato a deputado estadual pelo União Brasil nas região dos Vales.
Durante a conversa, Mota contou que solicitou uma emenda de R$ 100 mil para Busato, de quem é assessor, para o hospital São Sebastião Mártir. E se surpreendeu quando Busato lhe respondeu que destinaria R$ 500 mil para ajudar o hospital.
As emendas parlamentares tem sido um ‘socorro’ aos hospitais filantrópicos, que trabalham com déficit operacional, faz muitos anos, provocado especialmente pelo atendimento do SUS, onde a cada R$ 100 de atendimentos o governo federal paga R$ 73. Restam R$ 27 para os hospitais cobrirem, e para isso buscam apoio das prefeituras e emendas parlamentares.

Uma luz para os hospitais
A grande esperança dos hospitais gaúchos está em duas ações políticas, que tem ‘dedo’ do deputado estadual Airton Artus (P|DT), médico, ex-prefeito de Venâncio. Ele é suplente, mas assumiu desde o primeiro dia do atual mandato e se destaca pelas iniciativas em prol da saúde pública, trabalhando numa parceria com os deputados Claudio Tatsch (PL), que é de Cachoeira do Sul, e Thiago Duarte (UB), também médico, de Porto Alegre. Uma é o projeto já aprovado que permite empresas destinarem até 5% dos ICMS devido para hospitais. A segunda foi sugerida ao governo do estado para criação do SUS Gaúcho, que propõe complementar a tabela SUS para os hospitais, em parceria com os municípios.

Soares no União Brasil
Quando recebi a comitiva aqui, me chamou atenção a presença de Benildo Soares, o Bombeiro Soares, que foi vereador pelo Republicanos e não se reelegeu no ano passado. Airton Mota logo explicou que Soares se filiou ao União Brasil e é vice-presidente do partido. Entusiasmados, os dois disseram que já tiveram conversa com Maciel Marasca, presidente do PP, para falar sobre a Federação que PP e União Brasil acertaram para a eleição de 2026. Mas os dois também já estão de olho em 2028, na eleição municipal, na qual Marasca deve ser candidato a prefeito.

Mota, Vinícius, Busato e Soares fazendo o 44, número do Uniao Brasil, durante a visita que fizeram aqui na Folha e Terra FM. (Foto: Caco Vilanova)

Krämer, Sausen e o Podemos

Recentemente consultei o vereador Alberto Sausen, sobre o Podemos, que está debatendo uma fusão com o PSDB. Ele disse que o presidente do Podemos em Venâncio, ex-prefeito e ex-vereador Celso Krämer, depois da eleição de 2024, se desfiliou do partido e que ele como vice tinha assumido.
Nesta semana Celso Krämer se manifestou, contestando, e disse que segue no Podemos como presidente, com o mostra matéria de Carlos Dickow nesta edição. Krämer fez duros ataques ao vereador pelo fato dele ter se alinhado com a bancada governista do prefeito reeleito Jarbas da Rosa (PDT). Sausen foi eleito pela coligação que tinha Giovane Wickert (PSB) como candidato a prefeito. Mas desde que assumiu cadeira na Câmara deixou claro que trabalharia para ajudar o governo do prefeito Jarbas e não trabalharia contra. Sausen é operador de máquinas na capatazia de Vila Deodoro.
Outro ingrediente dessa relação é o fato do que Diego Krämer, filho de Celso, é o primeiro suplente do Podemos na Câmara. Com os ataques de Celso ao vereador, imagino que dificilmente Diego vai ter oportunidade de assumir a cadeira do Podemos no Legislativo como suplente

Notinhas

  • Prefeitos estiveram reunidos em Lajeado nesta semana para formar posição de que não abrem mão do ISS cobrado nas praças de pedágio, como sugere o governo do Estado no edital de concessão das rodovias do Bloco 2, que inclui a RSC-453 e outras rodovias que cortam o Vale do Taquari e ligam a região à Serra e Norte do estado, até Erechim. O ISS dá um centavo no pedágio pago.
    Os prefeitos também rejeitam o edital como ele foi apresentado e querem se reunir com o governo para fazer os ajustes que entendem necessários antes do leilão da concessão que deve acontecer em novembro. Estão certos os prefeitos. E como o govenador Eduardo Leite (PSD) prima pelo diálogo, os prefeitos vão ser ouvidos, com certeza.
  • Deputado federal Heitor Schuch (PSB) articula a instalação de um Porto Seco em Santa Cruz do Sul para atender as exportações e importações da região dos Vales do Rio Pardo e Taquari. Na quarta, 25, no gabinete do prefeito de Santa Cruz, Sergio Moraes (PL), lideranças se reuniram com o Superintendente da Receita Federal no RS, Altemir Linhares Melo, para debater o processo de instalação. E a novidade do encontro foi a Unisc se dispor a fazer um levantamento técnico-econômico sobre as potencialidades de exportação e importação dos municípios dos Vales do Rio Pardo e Taquari, que servirá de base para embasar a futura licitação de implantação de um novo Porto Seco. Decisão que amplia a presença da Unisc cada vez mais na comunidade regional, como defende o reitor Rafael Henn.

Congresso derruba aumento do IOF

A Câmara dos Deputados derrubou, na quarta, 25, por 383 votos a favor e 98 contra, o decreto de aumento da cobrança do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), que fora editado pelo ministro da Economia, Fernando Haddad, e assinado pelo presidente Lula, com projeção de arrecadar mais R$ 10 bilhões. O Senado confirmou a mesma decisão. Chama atenção que a grande maioria dos deputados, já em ritmo de recesso, votaram remotamente.
Sem a receita do aumento do IOF, o governo vai precisar contingenciar gastos para manter o orçamento dentro da meta fiscal. A derrota do governo já era anunciada, pois no Congresso o entendimento é de que não existe mais espaço para aumentar impostos para sustentar os gastos sem limites do governo. Lula já criou ou aumentou impostos 25 vezes neste seu terceiro governo. E nada chega. Falta é gestão.

Senado aprova mais deputados

mero de deputados dos atuais 513 para 531 deputados, já na eleição de 2026, confirmando votação da própria Câmara. O projeto atualiza o número de deputados de acordo com o censo do IBGE em 2020. Pela proposta inicial, levando em conta a população por estados no censo, alguns estados perderiam cadeiras e outros ganhariam cadeiras. A divisão seria proporcional à população de cada estado. O Rio Grande do Sul por esta proposta perderia duas cadeiras, passando das quais 31 para 29. Mas a Câmara dos Deputados optou em aumentar o número de parlamentares para os estados onde a população mais cresceu, sem reduzir dos outros estados. Assim, dos 513 deputados teremos 531 eleitos em 2026. Os três senadores gaúchos, Paulo Paim (PT), Luiz Carlos Heinze (PP) e Hamilton Mourão (Republicanos) votaram contra o aumento do número de deputados.
Pelo projeto aprovado, Ceará, Goiás e Paraná vão ter mais um deputado. Mato Grosso, Amazonas e Rio Grande do Norte mais dois deputados. Pará e Santa Catarina mais quatro deputados. Os demais ficam com o seu atual número de deputados.
Os 18 novos gabinetes de deputados vão custar R$ 64 milhões no próximo mandato. Mas há cálculos de que seja R$ 150 milhões. Também por isso o governo não para de aumentar impostos, pois além do Executivo que gasta sem limites, o Legislativo e o Judiciário não param de aprovar mais gastos.

Do X

  • Exame: Senado confirma derrubada do decreto do IOF e Congresso impõe derrota histórica ao governo
  • CNN: Governo Lula é desaprovado por 56,7%, diz Paraná Pesquisas
  • O Globo: Pressionado, governo mira taxação dos mais ricos e fim da escala 6×1 para tentar recuperar popularidade
  • Veja: Comissão da Câmara pede que Lula seja investigado por escândalo do INSS
  • Folha S. Paulo: Governo Lula agiu para segurar fila do INSS e frear alta de gastos com benefícios
  • Estadão: Haddad associa juro alto a Campos Neto e poupa Galípolo, indicado por Lula.
  • Revista Oeste: ONG que recebeu R$ 184 milhões do governo cotou alimentos para indígenas em lojas de autopeças
  • Mônica Bergamo: Aviões da FAB para autoridades ficam sem combustível
  • Guga Chacra: Brasil, com 210 milhões de habitantes, terá 531 deputados. EUA, com 340 milhões, têm 435



Sérgio Klafke

Sérgio Klafke

Diretor de Conteúdo e colunista da Folha do Mate

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