Eduardo Kappel (PP) inicia a presidência da Câmara provocando debates, como esperado. Na primeira reunião, na segunda-feira, apresentou resolução adiando o turno único no Legislativo até o final de fevereiro, com a proposta de aprovar a continuidade do expediente de trabalho das 7h30min às 13h30min até o final de sua gestão.Duda defende que a medida possibilita reduzir custos com água, energia elétrica, papel, telefone e materiais de limpeza e higiene. Ele projeta economizar de R$ 35 até R$ 50 mil com a medida, valor que pretende aplicar em melhorias de paradas de ônibus, limpeza de áreas verdes nos bairros, campos de futebol e espaços de lazer para as comunidades. A proposta tem fundamento, mas esbarra na rejeição popular. Nas plataformas digitais da Folha desde ontem a proposta recebe críticas. O leitor/eleitor entende que turno único é trabalhar em meio turno. Até por isso o prefeito Giovane Wickert (PSB) é contra turno único e disse que não adotará no seu governo. “É na dificuldade, na crise, que se precisa trabalhar mais e não menos”, defende o prefeito, desde que assumiu.Recolho opinião de dois leitores/eleitores sobre o assunto na página eletrônica da Folha:Rosmery Uhry dos Santos: E o salário cai pela metade também né! Maria Manoela Lenz: Uma ideia: diminuam um assessor pois para que dois se o turno é único.Esse é o quadro sobre o qual vai ser tomada esta decisão proposta por Duda.Os presidentes do Legislativo tem perseguido, de forma crescente, a economia de recursos – e isso é salutar – para repassar ao Executivo indicando obras a fazer, como Kappel pretende. Noto que as pessoas confundem, afinal: Legislativo é para fiscalizar e legislar. Fazer obras, executar melhorias, é com o Executivo.