O presidente da Câmara de Vereadores, Eduardo Kappel (PP), esteve terça-feira aqui na Folha para negociar a renovação da assinatura do jornal para o Legislativo. E pediu alguns exemplares da sobra do dia para entregar para alunos da Apae e Paresp utilizarem em seus trabalhos e para leitura.A intenção é boa. O pedido foi atendido.Duda está obstinado em economizar recursos na Câmara para repassar sobras do orçamento e indicação de ações para a Prefeitura, em beneficio da comunidade e de frutos eleitorais. Ele contou que negociou com vereadores o pedido de participação na Marcha Municipalista de 8 a 11 de abril em Brasília, que reúne prefeitos, vereadores e lideranças políticas de todo Brasil. O primeiro pedido foi para três vereadores participarem; Sid Ferreira (PDT), Izaura Landin MDB) e André Puthin (MDB). Duda contou que propôs otimização de recursos; convenceu os vereadores a reduzir para dois a representação e que cada um consiga com deputados do seu partido estadia em Brasília. E pediu mais: que a Câmara compre uma passagem de R$ 769,00 e a outra os dois vereadores que vão, Sid Ferreira e André Puthin, paguem, pois Izaura abriu mão. Duda contou que ainda avalia ir também, mas com despesas pagas do seu bolso.Assim, a representação da Câmara de Venâncio na Marcha, que custaria R$ 5 mil ou mais, vai custar R$ 769,00 de uma passagem. Duda destacou também a colaboração do vereador Tiago Quintana (PDT) de sugerir a compra antecipada, o que baixa bastante o valor da passagem.Salutar isso tudo.

Aumento de gastosNo dia seguinte chega a informação de que a Mesa Diretora da Câmara, presidida por Duda, apresentou quatro dos 11 projetos já protocolados em 2019 no Legislativo. E os quatro aumentam gastos do Legislativo, todos assinados também pelo vice-presidente Adelânio Ruppenthal (PSB), pela Secretária Helena da Rosa (MDB) e o 2º Secretário José da Rosa (PSD).Um projeto muda o motorista concursado da Câmara de padrão, passando salário de R$ 2.358 para R$ 3.045. Aumento de quase R$ 700 (29%). Este aumento já foi tentado no ano passado e acabou sendo engavetado com a reação contrária que provocou na Câmara e na comunidade. Essa história ainda não está bem contada.Outro projeto define atividades insalubres e perigosas na Câmara para efeito de receber adicional no salário. Atividades insalubres e perigosas? Na Câmara? Estranho.O terceiro cria gratificação para pregoeiro, equipe e membro permanente de licitação. Além dos salários do cargo vão receber mais R$ 550 cada um de gratificação.O quarto projeto aumenta o vale alimentação em 21%, ao mesmo tempo em que Duda instituiu o turno único até o final de sua gestão.Duda explica que quer fazer economia, mas não quer cometer injustiças. Alega que com os projetos estão corrigindo distorções e apontamentos do Tribunal de Contas.Mas toda economia que Duda está fazendo, e alardeando, não vai chegar para pagar essa conta de ‘agrados’ que criou no silêncio dos gabinetes na Câmara com os demais membros da Mesa. Em plenário vai ter contestações e da comunidade muito mais, isso é certo. É Duda sendo Duda. Polêmico. Ativo. Como foi em em 2008, quando foi presidente.