Falei nesta semana com André Kauffmann, o suplente de vereador do PTB, e atuante secretário municipal do Desenvolvimento Rural, que trabalha na limpeza de trechos do arroio Castelhano, onde o curso d’água estava assoreado e represou a água que cobriu toda a várzea nos últimos anos, ‘matando’ vários hectares de mata nativa.
Levantei a questão aqui e a Folha fez reportagens, mostrando àquela situação ambiental e questionando se a Prefeitura não tinha 20 ou 30 mil reais para contratar uma máquina que resolveria o problema. O prefeito Giovane agiu rápido. Contratou uma draga, com custo de R$ 30 mil e nas intervenções já feitas, soltou a vazão de água do arroio e assim a água represada se foi, deixando para trás as árvores mortas.
O secretário André me relata que o ideal seria seguir o trabalho da draga no trecho entre a RSC-453 e o Acesso ao Bairro Grão Para, na ETA, limpando o leito do arroio, o que resolveria esta situação de uma forma mais segura e duradoura. Ele disse que já levou a ideia ao prefeito Giovane e que tem recursos no Fundo do Meio Ambiente para isso. Não custa tanto e resolve uma questão ambiental importante.
Mais asfalto em Travessa
Prefeito Giovane Wickert (PSB) assinou na quarta-feira contrato de asfaltamento do travessão Elvino José Ferreira, que liga o asfalto da estrada para Vila Santa Emília ao asfalto da VRS-816, em Linha Travessa,quase no Gigante. É mais um trecho do PAC dos Frigoríficos criado no governo Airton/Giovane para asfaltar os acessos a todos os frigoríficos. Giovane vai tirar mais um do papel, dando continuidade administrativa. O trecho de 1,3km custará R$ 1,5 milhão financiados pelo BRDE com R$ 400 mil de contrapartida da Prefeitura. A obra deve iniciar em junho.
Vai ser uma ligação importante para o Frigorífico Kroth, de Santa Emília, que usa esse travessão para chegar à RSC-453, de onde parte para trazer boi e levar carne para o sul do Brasil.
Credibilidade
O contestado Datafolha realizou entre 18 e 20 de março pesquisa sobre a confiança nos meios de comunicação, neste momento de isolamento social, onde as pessoas estão em casa e se informam por jornal, TV, rádio, sites e redes sociais.
O meio jornal tem 56% dos entrevistados que responderam que confiam. A TV vem a frente com 61% e o rádio depois, com 50%. Os sites de noticias tem 38% de confiabilidade. A pesquisa mostra o que se sabe, a confiabilidade de informações de redes sociais é baixíssima. WhatsApp e Facebook tem 12% de confiabilidade cada um.
A Folha do Mate, além do impresso, tem plataformas digitais com conteúdo produzido pela mesma equipe. São 607 mil usuários neste início de ano. Na página do facebook da Folha são 48 mil seguidores que acessam as notícias do site da Folha todos os dias.
Durante a pandemia de coronavírus a Folha também abriu seu conteúdo digital para informar um número ainda maior de pessoas. Depois volta a ser para assinantes.
Brum: Redução para todos
Do deputado estadual Edson Brum (MDB): “Quero fazer um exercício; aqui na AL/RS se reduzirmos em 20% os subsídios dos 55 deputados chegaremos próximo de R$ 250 mil mensais, 1/3 do que recebe mensalmente o Geromel ou o D’alessandro. Mas somado a todos, tanto da iniciativa privada como do setor público, chegaremos a R$ 20 bilhões nestes 90 dias cruciais da crise. Isto tudo em um “FUNDO DE GUERRA”. Assim daria para enfrentar o Covid 19, e fomentar parte da economia diminuindo os efeitos. Também defendo o uso do Fundo Eleitoral e mais 280 fundos existentes em esfera nacional que totalizam R$ 220 bilhões, isto sim daria ao país todas as condições de enfrentar a crise epidemiológica, fomentar a produção de alimentos necessários para nossa segurança alimentar e fomentar a economia em geral, nesta condição de”Guerra”, dinheiro com juros 0% ou negativo como praticados nestas crises. Ainda temos os fundos estaduais que podem reforçar e ajudar ainda mais. Pense, reflita não podemos ser simplistas e demagogos.”
Trump
Donald Trump, o presidente americano, disse na terça-feira que após 15 dias de quarentena, os Estados Unidos vão se abrir e os americanos vão voltar ao trabalho. Disse que estas duas semanas foram cruciais para conhecer um pouco melhor o vírus, e que a baixa taxa de mortalidade foi o fator crucial para mudança de postura. Precauções serão tomadas, mudanças de hábito acontecerão, grupos de risco permanecerão isolados, mas para os demais, vida que segue.
Bolsonaro
Bolsonaro parece ter ido neste embalo no seu pronunciamento de quarta-feira. Ele pregou – na sua forma atabalhoada – o isolamento vertical, protegendo o grupo de risco, pessoas acima de 60 anos e as que tem diabetes, hipertensão, problemas respiratórios crônicos, e que o restante retome o seu trabalho, com os devidos cuidados. No dia seguinte a equipe econômica já projetava isso para 7 de abril. Bolsonaro foi ‘trucidado’ pela grande imprensa do politicamente correto, pela oposição e até por aliados, que pregam o isolamento horizontal, de todo mundo ficar em casa, que só saia quem precisar muito.
Tento fazer várias leituras dos fatos. Da já conhecida falta de postura de presidente em Bolsonaro, da imprensa e da oposição raivosa; querem aproveitar o corona para derrubar ele, mas, principalmente, de que Bolsonaro se ‘vacinou’. Se daqui a alguns dias a curva do coronavírus baixar e a pandemia não for tudo aquilo, não poderão lhe cobrar o caos econômico de todo mundo ficar em casa por um tempo estendido. Ainda mais depois do Ministro do STF, Marco Aurélio Mello, decidir que governadores e prefeitos podem tomar suas decisões independentes da União, o que considero uma invasão de poder pelo STF, que é corte para julgar e não para governar.
Giovane
Trazendo para a nossa aldeia, o fechamento do comércio determinado pelo prefeito Giovane Wickert (PSB) não vai ser suportado por mais do que as duas semanas decretadas. Um raciocínio que tenho ouvido, é de que se em duas semanas, com quase todo mundo em casa, não forem registrados casos do corona, é sinal de que as famílias não estão infectadas. Isso possibilitaria retomar o trabalho e aulas, com os cuidados que são necessários, protegendo o grupo de risco.
Giovane se reuniu na quarta e ontem com dirigentes da Caciva que buscam a flexibilização do decreto e retomada das atividades. Empresários e prefeito devem se reunir novamente na segunda-feira. Giovane me disse na quinta que vai seguir orientações do governador Eduardo Leite (PSDB), que previa pelo menos mais 10 dias de quarentena, o que remete para o dia 7 de abril a data prevista pela equipe econômica de Bolsonaro.
Fiergs, Farsul e Fecomércio pressionam Leite pela retomada ao trabalho, com 30% da capacidade na quarta, dia 1°, e com 100% na segunda, dia 6, respeitando os grupos de risco.
Notinhas
* Gilberto dos Santos, o vereador mais votado em 2016, deixou o PTB. Ele se filiou ao MDB, que agora também tem quatro vereadores, como o PDT, que filiou Ciro Fernandes saído do PSC. A bancada governista, que chegou a ter apoio 12 vereadores dos 15, fica com seis vereadores. “Barberagens políticas’ do vice-prefeito Celso Krämer (PTB), que ‘fazia e acontecia’ na Câmara. O prefeito Giovane deve estar com as ‘barbas de molho’.
* Adalberto Hamester, empresário da Chimatur e da Fape, diz que pela primeira vez em 70 anos da empresa de ônibus, todos os carros estão parados na garagem. Beto fez contato com o deputado federal Pedro Westphalen (PP), que é médico e seu amigo, relatando a realidade da cidade, que está parada e pode entrar em colapso se o isolamento for ampliado por muito tempo.
* Hamester também comemora a aprovação de Projeto do deputado, que desobriga, por 120 dias, hospitais prestadores de serviços do SUS de manterem as metas quantitativas e qualitativas definidas em contrato para continuar recebendo os repasses integrais do poder público.
* Sem noção a decisão do presidente Bolsonaro de liberar os cultos nas igrejas evangélicas pentecostais cujos fiéis já são 30% dos brasileiros. Rezar se pode rezar em qualquer lugar. Neste momento, em casa.
* Marco Aurélio Mello autorizou governadores e prefeitos a tomarem medidas independentes pelo coronavírus, desautorizando o Presidente Bolsonaro. Agora Alexandre Moraes, também ministro do STF, suspende medida de Bolsonaro que restringiu acesso a informações. O STF vai invadindo e sufocando o governo. Isso não vai dar boa coisa. Mourão deve estar se fardando, para duas hipóteses.
* Ricardo Hermany me escreve sobre a morte de Milton Deves nesta semana: “Estamos muito tristes com a perda do Milton Deves. Ele apoiou minha mãe (Helena Hermany) a deputada estadual. A gente gostava dele.”
* Petrobras baixou preço da gasolina em 12% na semana passada e mais 15% nesta, devido a redução do preço internacional do petróleo. No valor de boma nos potos de R$ 4,84 pago por litro – 12% = R$ 4,26 o litro – 15% = R$ 3,62 o litro. Se chegar perto já é bom.
* Previsão do tempo marca chuva para domingo, 29 (8mm) e terminamos março quase sem chuva. Vivemos uma ‘tempestade perfeita’ na região; crise econômica, seca e coronavírus. Mas vai passar.
Do Twitter
* Estadão: Para conter coronavírus, isolamento social precisa durar ao menos dois meses.
* Telmo Kist: A quarentena até que estava legal, mas, ao abrir a gaveta, me deparei com vários boletos me olhando. E lembrei que há vida lá fora.
* Estadão: ‘Ou Bolsonaro renuncia, ou fazem impeachment dele’, diz Lula.
* Bolsonaro: Quase 40 milhões de trabalhadores autônomos já sentem as consequências de um Brasil parado. Sem produzir, as empresas não terão como pagar salários. Servidores deixarão de receber. Não tem como desassociar emprego de saúde. Chega de demagogia! Não há saúde na miséria.! Se estivesse pensando em mim, lavaria as mãos e jogaria para a plateia, como fazem uns. Penso no povo, que logo enfrentará um mal ainda maior do que o vírus se tudo seguir parado. Não condenarei o povo à miséria para receber elogio da mídia ou de quem até ontem assaltava o país!