No sábado referi números do balanço orçamentário do primeiro quadrimestre de 2012 da prefeitura. O percentual de gasto com pessoal apontado em 46,6% para 2012 inclui parcelamentos de empréstimo do FAP, me explicam técnicos da controladoria interna que me passam planilhas. O percentual sempre representa o valor da folha sobre a receita corrente líquida, além de haverem duas formas de avaliação. Uma da secretaria do Tesouro Nacional e outra do Tribunal de Contas do Estado.
O prefeito Airton Artus, admitindo o aumento do número de servidores e da folha, justificou que no seu governo foi recuperada a defasagem dos vencimentos dos servidores públicos acumulada nos governos anteriores. “Nós também pagamos os secretários com salário integral e colocamos gente em secretarias que só tinham o nome mas ninguém para atender” argumenta Artus com endereço certo. Reportava-se ao fato do prefeito anterior, Almedo Dettenborn, ter pago meio salário para a maioria dos secretários, que agora cobram seus direitos na justiça e de ter deixado várias secretarias por bom tempo sem pessoal para atendimento.
Para que se possa ver melhor a evolução desses números, reproduzo no quadro os gastos com a folha, a receita corrente liquida e o percentual nos últimos anos, de acordo com o controle exigido pelo Tribunal de Contas.
Folha x receitas
Ano Gasto com pessoal Receita líquida %
2006 R$ 21,2 milhões R$ 48,8 milhões 43,39%
2007 R$ 20,7 milhões R$ 56,4 milhões 36,69%
2008 R$ 23,6 milhões R$ 65,8 milhões 35,94%
2009 R$ 26,9 milhões R$ 67,6 milhões 39,79%
2010 R$ 30,4 milhões R$ 75,0 milhões 40,60%
2011 R$ 34,8 milhões R$ 89,2 milhões 39,07%
2012 R$ 37,0 milhões R$ 93,7 milhões 39,50%