Giovane acusa Jarbas de receitar. Jarbas diz que falsificaram receita

Uma verdadeira ‘bomba’ explodiu ontem a tarde na campanha eleitoral para a Prefeitura de Venâncio Aires. A Coligação do 40, do prefeito Giovane Wickert (PSB), que concorre à reeleição, formalizou na Justiça Eleitoral uma denúncia de que Jarbas da Rosa (PDT), da Coligação do 12, teria assinado receitas médicas, depois de se desincompatibilizar como médico da rede de saúde do município, o que é vedado por lei. A coligação do 40 pediu a impugnação da candidatura de Jarbas por este fato, conforme determina a lei.
A defesa de Jarbas da Rosa (PDT), ao tomar conhecimento da denúncia e dos documentos, disse ter constatado, e denunciou à Justiça Eleitoral, que os documentos apresentados pela Coligação do 40 foram adulterados em suas datas e pede providências da Justiça
Estes são os fatos apresentados pelos dois lados ontem. O Ministério Público investiga e anunciou logo que vai comunicar a denúncia de adulteração de documentos para a Policia Federal, que é a quem compete situações desta natureza.
Se houverem ilicitudes – e haverão, de um lado ou de outro – que a Justiça Eleitoral puna os infratores, pela lisura do pleito. E se for comprovada a falsificação das datas de receitas médicas, estamos diante de uma ação criminosa, que é para Policia Federal mesmo.

A geração de empregos na pandemia

Nesta semana o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério da Economia (Caged), divulgou os números relativos a setembro na geração de empregos no Brasil. E a notícia é boa. Foram gerados 313 mil novos empregos no mês. Foram 110 mil na indústria, 80 mil no setor der serviços, 69 mil no comércio, 45 mil na construção e 7 mil na agropecuária. O país teve uma queda brusca quando explodiu a pandemia do coronavírus em março. Depois de 114 mil empregos gerados em janeiro e 224 mil em fevereiro, pintava um ano de muitos empregos. Daí veio a pandemia e, em março, perdemos 268 mil empregos, em abril 939 mil, em maio 362 mil e em junho 24 mil, já iniciando a escala de recuperação. Em julho foram 139 mil empregos gerados, em agosto 244 mil e em setembro 313 mil. O ano ainda registra saldo de 558 mil empregos perdidos, mas mostra a reação das empresas e sinaliza que a economia já retomou o crescimento para vencer a crise da pandemia.
O Rio Grande do Sul teve saldo de 15,7 mil empregos em setembro, mas no ano amarga 74 mil empregos perdidos.
Aqui em Venâncio a pandemia não teve reflexos nos empregos. Vivemos a sazonalidade natural da demissão na indústria do tabaco que está dispensando a mão de obra temporária, que em boa parte agora é aproveitada na próxima safra, que iniciou a colheita. Em setembro o saldo foi negativo de 764 empregos, normal se comparado que em 2019 foram -704. No ano o saldo é de 789 empregos gerados. Em 2019 eram 838. Temos 15.251 trabalhadores com carteira assinada.

Notinhas

* A semana foi de intensificação das campanhas eleitorais. A campanha do prefeito Giovane Wickert (PSB), que busca reeleição e está em desvantagem, como mostrou a pesquisa Methodus, segue mais intensa do que a do médico e ex-vereador Jarbas da Rosa (PDT), que lidera a pesquisa de intenção de voto com vantagem de 25 pontos percentuais. A campanha entra na reta final de duas semanas.

* Deputados estaduais e federais estão vindo apoiar as candidaturas a prefeito em Venâncio.
Jarbas da Rosa tem mais apoios. Ontem esteve aqui o federal de Osmar Terra (MDB). Hoje vem o estadual Edson Brum (MDB). Na terça vem Danrlei Hinterholz (PSD). Já estiveram aqui Afonso Motta e Pompeu de Matos (PDT), Gaúcho da Geral (PSD) e os Republicanos, federal Carlos Gomes e estaduais Sergio Peres e Fran Somensi.
Giovane já recebeu visita dos federais Heitor Schuch (PSB) e Maurício Dziedrick (PTB), do estadual Elton Weber (PSB) e ontem do estadual Dalcísio Oliveira (PSB).

* França e Alemanha começam a fechar as cidades de novo para combater uma nova onda de coronavírus na Europa, que também já atinge os Estados Unidos. Os dois países fecham bares, restaurantes e comércio não essencial, mas permanecem com as escolas funcionando. Bem o contrário do Brasil. São prioridades diferentes.

* Presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto para realização de um estudo para levantar possibilidades de Parcerias Público-Privadas (PPP’s) para concluir milhares de Unidades Básicas de Saúde pelo país, iniciadas e não acabadas nos governos anteriores, e compra de equipamentos para colocar essa rede de saúde em funcionamento. Ele diz que o governo não tem dinheiro para atender essa demanda. O julgamento e condenação dos ‘30%’ veio na hora: Bolsonaro quer privatizar o SUS. Diante da repercussão negativa o presidente desistiu de avaliar a possibilidade.

* Ciro Gomes se reuniu com Lula São Paulo para costurar um acordo de paz. Ciro não chama Lula mais de ladrão, falcatrua, etc e vai tentar formar uma chapa Ciro/Lula para a eleição presidencial de 2022, copiando a esquerda da Argentina, com Alberto Fernandes/Cristina Kirchner. Ciro se agarra e faz qualquer coisa para ser Presidente. Ah, e não considera um detalhe: Lula tem mais de 20 anos de cadeia por cumprir, é inelegível.

* No debate sobre vacinas contra o corona li esta frase em rede social: “As duas ‘vacinas’ que salvariam milhões de brasileiros são a prisão em segunda instância e o fim do foro privilegiado”.

* Pesquisa Ibope para ZH de ontem mostra Manuela D’Ávila (PC do B) com 27% das intenções de voto para prefeitura de Porto Alegre. A Methodus, única que tem acertado nas eleições da capital, tinha mostrado 24% na semana passada. Sebastião Melo (MDB) e Nelson Marchezan (PSDB) subiram para 14% e José Fortunati (PTB) caiu para 13%, diz o Ibope. Os três disputam uma vaga no segundo turno para concorrer com Manuela.

Ney na Univates

Ney Lazzari deixa a reitoria da Univates, depois de 21 anos no cargo. Ney foi colega de faculdade na virada dos anos 70 para 80 e logo depois de formado, em 1983, começou a lecionar no que ainda era a Fundação Vale do Taquari de Ensino Superior (Fates), que virou Universidade em 1997 e uma referência de conhecimento acadêmico e formação de profissionais. Talvez a Univates tenha sido a maior conquista do Vale do Taquari, disse Ney ao anunciar que deixará a reitoria. Isso é ‘missão cumprida’.

Esportivas

* A Assoeva está em baixa. Na quarta estreou no Estadual e perdeu por 6 a 4 para o Guarani, em Frederico Westphalen. Hoje o time joga em Joaçaba, SC, pela Liga Nacional, onde vem de duas derrotas. No domingo vai ao Paraná, decidir vaga na Copa do Brasil contra o Dois Vizinhos.
* A dupla Gre-Nal largou bem na Copa do Brasil. O Inter venceu o Atlético em Goiás por 2×1 na quarta, com reservas. O Grêmio venceu o Juventude na Arena quinta por 1×0. Na próxima semana tem os jogos de volta para decidir vaga para as quartas.
* No Brasileiro a rodada do fim de semana fecha o primeiro turno. O Inter, líder, joga hoje às 19h com o Corinthians, em SP. O Grêmio, 9º, joga segunda às 20h contra o Bragantino, na Arena.

Do Twitter

* Estadão: Brasil criou 313 mil vagas de emprego em setembro, informa Ministério da Economia
* Extra: Desemprego atinge recorde de 14,4% no trimestre encerrado em agosto
* Veja: Após repercussão, governo decide cancelar estudos sobre privatização de unidades do SUS
* CNN: Após polêmicas sobre uma possível privatização do Sistema Único de Saúde (SUS), o ministro da Economia, Paulo Gudes, afirmou que tal medida nunca esteve em análise pelo governo
* Exame: “Seria uma insanidade falar disso”, diz Guedes sobre privatização do SUS
* Crusoé: ‘Nós vamos mandar embora o comunismo do Brasil’, diz Bolsonaro.
* O Globo: Presidente do PT, Gleisi Hoffmann, diz que aproximação com Ciro passa por pedido de desculpas a Lula e ao partido
* Juremir Machado: Método Bolsonaro: assina de manhã, lê de tarde o que assinou, revoga no final do dia, entende no mês seguinte
* Giovana Girardi/Estadão: Cientistas alertam que vamos viver uma “era das pandemias”, com novas doenças surgindo com uma frequência alta, com grande capacidade de se espalharem e levarem a muitas mortes, se não pararmos desmatamento e outras agressões ao ambiente
* Leo Kretzmann/IstoÉ: Fica cada vez mais claro que trocamos seis por meia dúzia. Saiu o Lulinha – o Ronaldinho dos negócios – e entrou Flávio Rachadinha. Saiu Zé Dirceu e entrou o Queiroz. Saiu Dona Marisa e entrou Micheque, ops!, Michelle.



Sérgio Luiz Klafke

Sérgio Luiz Klafke

Diretor de Conteúdo e colunista da Folha do Mate

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