Sempre defendi que prefeitos, governadores e presidentes devem ser administradores acima de tudo, afinal lidam com recursos financeiros como se fossem as maiores empresas em cada esfera. Recebi nesta semana artigo de Nelson Fagundes, um economista ligado a várias entidades de classe e ao PMDB em Canoas, cidade onde o prefeito Jairo Jorge (PT) faz uma administração reeleita que vem recebendo reconhecimento em todos os partidos políticos.Fagundes defende a regulamentação da Lei de Responsabilidade Fiscal no governo estadual, como Sartori está propondo. Hoje a Lei só é cobrada dos prefeitos, que estão sujeitos a serem presos se não fecharem as contas no final de cada ano.No artigo ao lado, Fagundes descreve detalhes sobre o tema. Um é estarrecedor. Nos últimos 27 anos o Tesouro do RS só fechou as contas em seis anos, em três governos. Em 1989, com Pedro Simon; em 1997 e 1998, com Antônio Brito. E o maior exemplo foi a governadora Yeda Crusius. Ela fechou suas contas em 2007, 2008 e 2009, com o projeto déficit zero. Mas não foi reeleita, pelo contrário, foi demonizada. Veio Tarso Genro e lascou o ‘cheque especial’ e gastou muito mais que arrecadava, irresponsavelmente. De lambuja ainda deixou um déficit de R$ 5,4 bilhões no orçamento de 2015 para Sartori, que não tem de onde tirar. é hora do sacrifício para recolocar o Rio Grande nos eixos. E de responsabilidade de governantes.